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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/10/2024

                          Melhora incompleta

                          A figura de linguagem do “copo meio cheio, meio vazio” ilustra bem o desempenho da indústria em ago/24. Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram que, diferentemente de jul/24, o agregado do setor evitou o terreno negativo; mas também não cresceu. Avanço de fato, já descontada a sazonalidade, só teve uma pequena fração de seus ramos.

                          Na passagem de jul/24 para ago/24, o resultado da produção industrial foi de mero +0,1%, corrigidos os efeitos sazonais. Melhorou frente a queda de -1,4% do mês anterior, mas foi o resultado positivo mais fraco do ano.

                          A distribuição deste resultado agregado entre os diferentes ramos industriais também contrasta jul/24 e ago/24. Em jul/24, a despeito da queda do total da indústria, a maioria dos seus ramos ampliou produção, enquanto em ago/24 isso foi exceção. A balança se inverteu na passagem do mês e a parcela de 72% deu lugar a uma fração de 28% dos ramos no azul.

                          Entre os macrossetores da indústria, metade recuou, após dois meses de expansão, e a outra metade teve variação positiva, mas muito próxima da estabilidade. No primeiro grupo estão bens de capital (-4,0%, com ajuste) e bens de consumo duráveis (-1,3%) e no segundo grupo, bens intermediários (+0,3%) e bens de consumo semi e não duráveis (+0,4%).

                          Ainda assim, continua valendo o que temos pontuado em nossas últimas análises: 2024 segue sendo um ano com evolução superior à de 2023. E isso parece incluir também o 3º trimestre. Mesmo que a indústria tenha ficado estagnada em set/24, o resultado do 3º trim/24 ante o 3º trim/23 (+5,1%) daria continuidade à rota de aceleração da indústria.

                          Isso porque o bimestre jul-ago/24, cujos resultados são conhecidos, já garante um reforço da alta, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Indústria geral: +2,0% no 1º trim/24; +3,3% no 2º trim/24 e +4,1% em jul-ago/24;

                               •  Bens de capital: -1,6%; +12,0% e +10,9%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +2,9%; +1,2% e +3,2%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +0,9%; +7,8% e +20,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +1,3%; +5,7% e +2,9%, respectivamente.

                          Dois macrossetores apresentam mais claramente uma aceleração. É o caso de bens intermediários, com variação de +3,2% em jul-ago/24, quase três vezes mais do que no trimestre anterior. Na origem disso estão os intermediários da indústria automobilística (+15,8%) e da construção civil (+7,4%), além de siderurgia (+6,7%) e defensivos agrícolas (+20,1%).

                          O segundo caso é o de bens de consumo duráveis, cujo ritmo de crescimento saltou de +7,8% no 2º trim/24 para +20,2% em jul-ago/24, sempre na comparação com igual período do ano anterior. A produção de automóveis é a grande responsável pela aceleração, ao passar de -1,4% para +18,1%, respectivamente, mas o segmento de eletrodomésticos também cresceu fortemente: +30,5% no último bimestre em tela.

                          Bens de capital, por sua vez, parece estar mantendo bem seu ritmo de expansão. Ainda que jul-ago/24 (+10,9%) tenha tido uma variação levemente inferior à do 2º trim/24 (+12,0%), a ordem de grandeza dos resultados segue a mesma. Houve reforço nos segmentos para transporte (+22,6%) e para uso misto (+21,6%) e resiliência na produção de bens de capital para a própria indústria (+8,4%).

                          Já bens de consumo semi e não duráveis em jul-ago/24 sinalizam uma desaceleração: +2,9% ante +5,7% no 2º trim/24. A produção de laticínios (-1,1% em jul-ago/24) e a de produtos farmacêuticos (-1,0%) registram queda e a de combustíveis se aproxima da estabilidade (+0,9% ante +6,6% no 2º trim/24). Calçados, têxteis, vestuário e bebidas estão entre aqueles com ganho de robustez.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de agosto de 2024 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 0,1% frente ao mês de julho, na série livre de efeitos sazonais. No acumulado em doze meses foi observado incremento de 2,4% e no acumulado no ano verificou-se incremento de 3,0%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto de 2023), aferiu-se variação positiva de 2,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (julho/2024), o segmento de bens de capital diminuiu 4,0% e o segmento de bens duráveis 1,3%. As outras três categorias analisadas apresentaram as seguintes variações: bens de consumo (0,7%), bens intermediários (0,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,4%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto/2023), todas as categorias apresentaram variação positiva, na seguinte ordem: bens duráveis (12,1%), bens de capital (4,9%), bens intermediários (2,4%), bens de consumo (2,0%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,4%).

                          O resultado para o acumulado no ano registrou crescimento em todas as categorias: bens duráveis (8,6%), bens de capital (6,6%), bens de consumo (4,1%), bens semiduráveis e não duráveis (3,4%) e bens intermediários (2,3%).

                          Para o índice acumulado em 12 meses, quatro segmentos assinalaram resultados positivos: bens duráveis (4,3%), bens de consumo (3,3%), bens semiduráveis e não duráveis (3,1%)e bens intermediários (2,3%). Já os bens de capital (-0,6%) caíram.

                          Setores. Na comparação de agosto de 2024 com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/2023), houve variação negativa no nível de produção em sete dos 25 ramos pesquisados. Algumas variações negativas importantes foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (-25,1%), produtos de fumo (-16,8%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-7,5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,7%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,0%). Por sua vez, as maiores variações positivas ficaram por conta dos seguintes setores: equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (15,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%), móveis (8,5%) e produtos de madeira (7,8%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2024, vinte e um dos vinte e cinco setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: equipamentos de transporte (12,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (10,5%), móveis (9,1%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (8,8%). Já produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,2%), impressão e reprodução de gravações (-3,7%), produtos do fumo (-3,5%) e produtos diversos (-1,4%) apresentaram as maiores quedas.

                          Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação negativa em sete dos 25 ramos analisados, com destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,8%), produtos diversos (-4,2%), máquinas e equipamentos (-3,5%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,2%) e impressão e reprodução de gravações (-2,2%). Já fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (9,4%), produtos de madeira (9,2%), fabricação de móveis (5,9%), indústrias extrativas (4,9%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,6%) apresentaram os maiores incrementos.

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          Fator decisivo para a desaceleração do nosso PIB no 2º trim/25 foi a alta dos juros, restringindo o investimento e o consumo e levando nossas importações ao terreno negativo.

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

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                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

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