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                          Carta IEDI

                          Edição 1329
                          Publicado em: 26/09/2025

                          Semestre menos dinâmico: a indústria por intensidade tecnológica em jan-jun/25

                          Sumário

                          Com a trajetória de elevação das taxas de juros no país, desde set/24 no caso da Selic, a indústria nacional vem registrando perda de tração, seja em sua produção física, seja no PIB do setor, de modo que, ao final da primeira metade de 2025, o sinal negativo já havia voltado a marcar seu resultado agregado e o da maioria de seus segmentos.

                          A fração correspondente à indústria de transformação, mais voltada a atender o mercado doméstico, e com muitas atividades produtoras de bens duráveis para consumo e investimento, sentiu mais intensamente o peso do aumento dos juros e do enfraquecimento da demanda interna.

                          Os últimos dados das Contas Nacionais, discutidos na Análise IEDI de 02/09/25, mostraram perda de -0,5% do PIB da indústria de transformação na passagem do 1º trim/25 para o 2º trim/25, já descontados os efeitos sazonais, e estagnação (0%) no contraste com o 2º trim/24, seu pior resultados desde o 4º trim/23.

                          Os dados mensais do IBGE, por sua vez, indicam que sua produção física recuou -0,9% frente ao 1º trim/25 e -0,7% em relação ao 2º trim/24, trazendo para baixo o desempenho da indústria geral (0% e +0,6%, respectivamente). Ou seja, não tivesse sido a atividade extrativa (+5,0 e +7,5%), a desaceleração industrial teria sido mais aguda. 

                          A última informação disponível, para o mês de jul/25, sugere a continuidade deste movimento: queda de -0,9% na indústria de transformação e virtual estabilidade (+0,2%) na indústria geral, como discutiu a Análise IEDI “No mesmo padrão” de 03/09/25.

                          A Carta IEDI de hoje analisa a performance industrial recente agregando seus diferentes ramos segundo sua intensidade tecnológica, de acordo com metodologia difundida pela OCDE. Quatro grupos são identificados para os ramos da indústria de transformação: alta, média-alta, média e média-baixa tecnologia. Não há atividades industriais classificadas como baixa intensidade tecnológica.

                          Embora 3 dos 4 grupos tenham desacelerado no 2º trim/25, aqueles mais intensivos em tecnologia foram os que pisaram mais fortemente no freio, mesmo preservando taxas de crescimento superiores ao agregado do setor. Ou seja, ainda asseguraram o sinal positivo da indústria, mas condicionaram sua perda de tração.

                          A alta tecnologia foi o pior caso. Sua produção saiu de +14,9% no 4º trim/24 para +1,6% no 1º trim/25 e então para -3,3% no 2º trim/25, sempre em comparação com o mesmo período do ano anterior. Na origem disso estão as indústrias farmacêutica (-6,1%), de equipamentos de rádio, TV e comunicação (-2,0%) e aeronaves (-1,8%).

                          Deste modo, a indústria de alta intensidade tecnológica saiu de uma alta de +6,6% em 2024 para um declínio de -1,0% no 1º sem/25; isto é, de um dos melhores desempenhos para figurar entre os mais fracos em 2025.

                          Outra desaceleração intensa foi verificada na média-alta tecnologia, que compreende ramos de grande importância em bens de consumo duráveis e bens de capital, e por isso está mais vulnerável ao quadro de juros e crédito no país. Sua produção agregada, que cresceu em torno de +11% nos dois últimos trimestres de 2024, registrou somente +2,9% no 2º trim/25.

                          Veículos e máquinas e equipamentos passaram a crescer bem menos e máquinas e aparelhos elétricos ficaram no negativo no 2º trim/25. Devido a estas evoluções, o resultado do agregado média-alta, que havia progredido de +2,5% para +11,1% entre a primeira e a segunda metade de 2024, refluiu para +5,3% no 1º sem/25.

                          A despeito do expressivo esmorecimento, a média-alta foi quem mais puxou para a cima a indústria de transformação como um todo na primeira metade de 2025. O segundo grupo a contribuir para isto foi a média intensidade tecnológica, que registrou +3,9%, devido ao fato de ter muitos ramos intermediários em sua composição. Esta parcela da indústria, como as Análises do IEDI vem mostrando, tem apresentado certa resiliência.

                          Trimestralmente, a indústria de média tecnologia registrou +3,9% em jan-mar/25 e +3,8% em abr-jun/25, em boa medida devido ao ramo metalúrgico (+4,8% e +4,6%, respectivamente). A produção de borracha e plástico e o ramo de manutenção e reparação de máquinas e equipamentos aceleraram compensando a perda de dinamismo de minerais não metálicos e de bens diversos.

                          Por fim, a média-baixa deu sequência à sua desaceleração e chegou a cair -1,6% no acumulado jan-jun/25, sob influência do segundo trimestre do ano (-3,1%). Este foi o primeiro resultado negativo para este grupo da indústria de transformação desde o 1º trim/22, o que se deveu a quase todos os seus componentes.

                          A maior queda ocorreu em derivados de petróleo e biocombustíveis (-8,5%), mas produtos de metal (-0,4%); alimentos, bebidas e fumo (-1,3% ante o 2º trim/24) e produtos de madeira, papel e celulose (-1,9%) também ficaram no vermelho. A exceção coube a têxteis, vestuário e calçados (+3,0%).

                          Um panorama da indústria geral e da indústria de transformação

                          No primeiro semestre de 2025, a produção física da indústria geral, formada pela extração mineral e pela indústria de transformação, cresceu 1,2% frente a igual acumulado do ano anterior. Contrapondo junho e maio último pela série dessazonalizada, ficou estável, variação de 0,1%, contrastando com o recuo na comparação entre meses de junho de 2025 e de 2024, queda de 1,3%. Apesar dessa retração, logrou crescimento quer no contraponto entre segundos trimestres de 2025 e de 2024, 0,5%, quer em doze meses, 2,4%.

                          A indústria de transformação, componente principal da indústria geral, puxou os resultados de junho: incremento de 0,2% na passagem de maio para junho (dados dessazonalizados) e retração de 2,2% na comparação entre meses de junho. 

                          Tal redução concorreu para a produção 0,7% menor no confronto entre segundos trimestres de 2025 e de 2024, além de arrefecer o desempenho no primeiro semestre, 0,9%, e em doze meses, 2,8% - este último ainda acima da performance da indústria geral.

                          Quanto à indústria extrativa, liderou o avanço da indústria geral nas comparações entre meses de junho, 3,8%, entre segundos trimestres, 7,4% e entre primeiros semestres, 3,2%. Esses resultados contribuíram para a variação positiva em doze meses, 0,5%. Já na passagem de maio a junho (série livre de sazonalidade), a extração mineral retrocedeu 1,9%, destoando das demais performances.

                           

                           

                          A indústria geral por intensidade tecnológica

                          O IEDI tem utilizado a versão da classificação das atividades econômicas por intensidade tecnológica publicada pela OCDE em 2016, descrita na próxima tabulação. Nela são definidas cinco faixas de intensidade: alta, média-alta, média, média-baixa e baixa. Conforme a mesma, nenhum dos ramos cobertos pela PIM-PF faz parte da faixa de baixa intensidade tecnológica. 

                          Assim todos os ramos da indústria de transformação estão distribuídos nas faixas de alta, média-alta, média e média-baixa intensidade tecnológica, enquanto toda a extração mineral está na de média-baixa.

                           

                          Adicionalmente, o IBGE revisou a PIM-PF a partir dos dados de janeiro de 2023 divulgados dois meses depois. Desse modo, as séries constantes da PIM-PF foram revistas para trás, sendo que, de janeiro de 2022 (ano-base, igual a 100) em diante, passou a seguir a atualização da estrutura de ponderação refeita pelos pesos do valor da transformação industrial (VTI) na industrial geral e em cada divisão (indústria extrativa e indústria de transformação) segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) de 2019, ano de referência. O período anterior passou por procedimento de encadeamento entre a série mais recente e a anterior.

                          A próxima tabela expõe as variações da produção física da indústria geral por intensidade tecnológica obtidas para junho, com foco nas comparações entre mês, segundo trimestre e acumulado até o sexto mês (primeiro semestre) e seus equivalentes de 2024, bem como entre os doze meses terminados em junho e os doze meses anteriores.

                          O gráfico logo a seguir, por sua vez, explicita os patamares de produção em números-índices. Dos quatro segmentos da indústria geral por intensidade tecnológica, a faixa de alta intensidade e a de média-baixa intensidade sofreram retração no primeiro semestre. No caso do segmento de média-baixa devido ao grupamento de ramos da indústria de transformação, pois a extração mineral cresceu. 

                          Todavia mesmo as faixas que cresceram nessa base de comparação produziram menos do que nos períodos equivalentes dos anos de 2012 a 2015. A faixa de alta intensidade nem não retomou o patamar de produção pré-pandemia, ficando aquém do primeiro semestre de 2019.

                           

                           

                          A indústria de transformação de alta intensidade tecnológica produziu 1,0% menos no primeiro semestre, queda puxada pelas retrações de 5,5% em junho e de 3,3% no segundo trimestre. Ainda assim logrou expansão em doze meses, de 5,2%. Em junho e no segundo trimestre, a indústria farmacêutica e o complexo eletrônico declinaram, com o ramo farmacêutico liderando tais recuos. 

                          Na indústria aeronáutica, a produção de aviões cresceu em junho e no primeiro semestre, mas com a de peças e acessórios de aeronaves diminuindo. Apesar dessas taxas negativas, a indústria farmacêutica ficou praticamente estável no primeiro semestre e cresceu em doze meses. 

                          O complexo eletrônico retrocedeu no primeiro semestre concorrendo para a taxa negativa da indústria de alta intensidade tecnológica. Por outro lado, em doze meses, o complexo eletrônico liderou a expansão, puxando a faixa de alta intensidade.

                          A produção da indústria de transformação de média-alta avançou nas quatro bases comparativas em questão, inclusive liderando a expansão da indústria de transformação no primeiro semestre e em doze meses. Comparando meses de junho e segundos trimestres, cresceu 2,1% e 2,9%, respectivamente, logrando performances até melhor em janeiro-junho, 5,3%, e em doze meses, 8,2%. 

                          No contraponto entre meses de junho, cumpre destacar os avanços da indústria química, da fabricação de máquinas e equipamentos mecânicos e não especificados noutras atividades (ME) e do ramo de veículos automotores, reboques e carrocerias. Esses três ramos lideraram os avanços da faixa de média-alta intensidade no segundo trimestre e no primeiro semestre. Destacaram-se também em doze meses, com a indústria automotiva crescendo dois dígitos. A fabricação de máquinas, aparelhos e material elétrico, embora tenha recuado em junho e no segundo trimestre, cresceu no acumulado do ano e em doze meses.

                          A indústria de média intensidade também nas bases comparativas em foco, apresentando as maiores taxas da indústria de transformação nas comparações entre meses de junho e entre segundos trimestres: 4,8% e 3,8%, respectivamente. No primeiro semestre e em doze meses, sua produção cresceu: 3,9% e 4,5%, pela ordem. 

                          A metalurgia, seu ramo mais expressivo, contribuiu sobremaneira para tanto, crescendo nas quatro bases de comparação e puxando os resultados da indústria de média intensidade no segundo trimestre, no acumulado do ano e em doze meses. 

                          A fabricação de produtos de minerais não metálicos foi o único ramo dessa faixa dentre os expostos na tabela a sofrer retração em junho, mas com taxas positivas nas demais comparações. 

                          A atividade de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos; a fabricação de produtos de borracha e de materiais plásticos; e a produção de bens diversos lograram expansão nas quatro bases de comparação, com a primeira registrando as maiores taxas em junho, no segundo trimestre e no primeiro semestre.

                          A faixa de média-baixa intensidade foi a única a não crescer nas quatro bases comparativas: em junho, a queda foi de 3,0% levando à redução de 0,6% no segundo trimestre, culminando nas taxas de negativas no primeiro semestre (-0,4%) e em doze meses (-0,0%). A extração mineral, como antes visto, arrefeceu tais quedas, registrando aumento nessas comparações. 

                          Já o conjunto de ramos da indústria de transformação dessa faixa de intensidade tecnológica sofreu retração de 5,2% em junho e, por conseguinte, queda de 3,1% no segundo trimestre, concorrendo para as reduções de 1,6% no primeiro semestre e de 0,2% em doze meses. A indústria de alimentos, bebidas e fumo, principal ramo dessa faixa, retrocedeu 3,0% em junho, puxando o declínio de 1,3% no segundo trimestre, no primeiro semestre e até em doze meses. 

                          A fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também recuou em todas essas comparações, registrando as mais agudas quedas dentre os ramos dessa faixa. A fabricação de produtos madeireiros, móveis, papel, celulose e afins ao menos ainda manteve crescimento em doze meses, enquanto a a fabricação de produtos de metal cresceu no primeiro semestre e em doze meses. sofreu retração em março e no primeiro trimestre, mas ainda em doze meses. O conjunto das indústrias têxtil, de artigos de vestuário, de couros e calçados foi o único a crescer nas quatro bases comparativas.

                           

                           

                          Indústria de transformação de alta intensidade tecnológica

                          Em junho último, a produção da faixa de alta intensidade tecnológica retrocedeu 5,5% em relação a igual mês do ano passado. Tal retração concorreu para os recuos na comparação tanto entre segundos trimestres quanto entre primeiros semestres de 2025 e de 2024. Esses resultados de junho e do acumulado de 2025 ocorreram mesmo com a indústria aeronáutica expandindo a fabricação de aviões, mas reduzindo a produção de peças e acessórios para aeronaves, conforme aponta o IBGE. Em doze meses, mesmo com os citados recuos, a produção da indústria de alta intensidade cresceu 5,2%.

                          A fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos liderou as retrações em junho e no segundo trimestre, taxas de -7,4% e de -6,1%, mesmo tendo crescido 1,7% na passagem de maio para junho (dados dessazonalizados). Apesar dessas variações negativas, sua produção ficou praticamente estável na comparação entre primeiros semestres, ligeiro incremento de 0,2%, e apresentou crescimento de 2,1% em doze meses.

                           

                          Quanto ao complexo eletrônico, pela série livre de efeitos sazonais, sua produção aumentou 1,5% no contraponto entre junho e maio último, conforme o IBGE. Todavia na comparação entre meses de março de 2025 e de 2024, registrou retração de 4,0%. Tal queda concorreu para os retrocessos no confronto entre segundos trimestres (-0,4%) e entre primeiros semestres (-1,6%). 

                          Com isso o complexo eletrônico puxou o desempenho da indústria de alta intensidade tecnológica no acumulado do ano. Por outro lado, em doze meses, a fabricação de produtos eletrônicos e de precisão liderou o avanço dessa faixa de intensidade, ao crescer 8,9%.

                          Dentro do complexo, a produção de equipamentos de áudio, vídeo, de comunicação e componentes eletrônicos, muitos dos quais usados noutras atividades, retrocedeu 8,4% contrapondo meses de junho, concorrendo para as retrações de 2,0% e de 0,7% nas comparações entre segundos trimestres e entre primeiros semestres, respectivamente. Em que peses tanto, ainda logrou expansão de dois dígitos em doze meses, 12,3%.

                          Quanto à fabricação de material de escritório e informática, cresceu bem na comparação entre meses de junho, 6,2%. Embora expressiva, não conseguiu levar ao avanço do ramo nas comparações entre segundos trimestres (-0,3%) e entre primeiros semestres (-11,1%) de 2025 e de 2024. Aliás a retração no acumulado do ano concorreu para a queda de 2,6% em doze meses. 

                          No tocante à fabricação de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e material ótico foi o único dentro do complexo eletrônico a crescer nas quatro bases comparativas em foco: em junho, avançou dois dígitos, 10,4%, puxando os desempenhos no segundo trimestre, 8,7%, no primeiro semestre, 5,5%, e em doze meses, 6,4%.

                           

                          Indústria de transformação de média-alta intensidade tecnológica 

                          O segmento de média-alta intensidade tecnológica avançou 2,1% na comparação entre meses de junho, crescendo ainda mais nas demais bases comparativas. No segundo trimestre, sua produção aumentou 2,9%. No primeiro semestre e em doze meses, logrou expansão de 5,3% e de 8,2% respectivamente.

                           

                          A fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias logrou crescimento em junho quer frente a maio pela série dessazonalizada, 2,4%, quer em relação ao mesmo mês de 2024 1,4%. Sua produção aumentou ainda mais nas outras três bases de comparação, puxando os resultados da faixa de média-alta intensidade. Sua produção cresceu 3,1% entre segundos trimestres, 5,7% no primeiro semestre e 12,5% em doze meses.

                          Os dois ramos mais associados à indústria de bens de capital, fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos; e fabricação de máquinas e máquinas e equipamentos (M&E), tiveram em comum a expansão no acumulado do ano e em doze meses. 

                          Começando pela fabricação de M&E, sua produção cresceu em junho em relação tanto a maio pelos dados livre de sazonalidade, 0,9%, quanto a junho de 2024, 1,9%. Nas demais comparações, sua produção aumentou ainda mais: 5,3% no segundo trimestre, 8,5% no primeiro semestre e 7,9% em doze meses. 

                          A fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos sofreu retrações em junho: queda de 2,7% frente a maio (série livre de efeitos sazonais) e de 2,0% em relação a igual mês de 2024. O segundo trimestre também foi de retração (-3,1%). Apesar dessas taxas negativas, registrou expansão de 1,9% no primeiro semestre e de 7,9% em doze meses.

                          A indústria química logrou expansão nas bases comparativas em foco. Confrontando meses de junho de 2025 e de 2024, produziu 1,9% a mais, enquanto frente a maio de 2024, 0,6%. Obteve taxas ainda maiores nas comparações entre segundos trimestres, 3,1%, primeiros semestres, 4,1%, e em doze meses, 5,1%.

                          A fabricação de instrumentos e materiais (I&M) de uso médico e odontológico e artigos óticos reduziu sua produção em 4,5% no contraponto entre meses de março, concorrendo para as taxas negativas no segundo trimestre (-4,4%) e no acumulado do ano (-0,1%). Esses resultados não impediram o crescimento em doze meses, 2,7%.

                           

                          Indústria de transformação de média intensidade tecnológica

                          A produção física do segmento de média intensidade tecnológica aumentou 4,8% em junho em relação ao mesmo mês do ano passado, contribuindo para a expansão de 3,8% no segundo trimestre. No acumulado do ano e em doze meses, sua produção cresceu 3,9% e 4,5%, respectivamente.

                           

                          A metalurgia logrou expansão em junho, seja comparativamente a maio pela série dessazonalizada, 1,4%, seja frente a igual mês de 2024, 4,0%. Dada sua expressão, liderou os avanços da indústria de média intensidade nas demais bases de comparação: 4,6% no segundo trimestre, 4,7% em janeiro-junho e 5,4% em doze meses. 

                          A fabricação de produtos de minerais não metálicos sofreu retração no contraponto entre meses de junho, -1,0%. No segundo trimestre, ficou estável, 0,2%. Já no acumulado do ano e em doze meses, a produção desse ramo cresceu 1,3% e 3,5%, respectivamente.

                          A manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos também logrou taxas de crescimento de dois dígitos nas comparações entre meses de março e de segundos trimestres de 2025 e de 2024: 14,2% e 11,7%, respectivamente. Tais taxas contribuíram para os avanços no primeiro semestre, 9,6%, e em doze meses, 3,6%.

                          Já as performances dos outros dois ramos expostos nos gráficos têm em comum o aumento da produção nas quatro bases comparativas destacadas. A produção de bens diversos cresceu 8,8% na comparação entre meses de junho, puxando sua performance no segundo trimestre, 2,8%. No primeiro semestre e em doze meses, a produção cresceu 4,6% e 7,2%, respectivamente.

                          A fabricação de produtos de borracha e plásticos registrou expansão de 5,0% em junho frente a igual mês de 2024. No confronto entre segundos trimestres, ampliou sua produção em 2,3%. Tais números puxaram o resultado no acumulado do ano: 2,1%.  Já em doze meses, o crescimento foi de 4,2%.

                           

                          Indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica

                          As atividades da indústria de transformação de média-baixa intensidade tecnológica sofreram retração de 5,2% na comparação entre meses de junho. Esse desempenho concorreu para as taxas negativas nas demais bases de comparação. No segundo trimestre, sua produção diminuiu 3,1%, enquanto no primeiro semestre e em doze meses, recuou 1,6% e 0,2%, respectivamente.

                           

                          O agrupamento mais expressivo dentre os ramos da faixa média-baixa, o das indústrias de alimentos, bebidas e de fumo, produziu 3,0% menos em junho de 2025 frente a junho de 2024, o que concorreu para as retrações no segundo trimestre (-1,3%) e no primeiro semestre (-0,9%), respectivamente. Em doze meses, a produção diminuiu 1,1%, o que puxou o resultado da indústria de transformação de média-baixa intensidade.

                          A fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis também sofreu retração nessas quatro bases comparativas. Na comparação entre meses de junho, a retração foi de dois dígitos: taxa de -13,2%. No segundo trimestre, a produção caiu 8,5%, puxando o recuo quer no primeiro semestre (-5,1%), quer em doze meses (-2,4%).

                          A produção das indústrias madeireira, de papel e celulose, gráficas e afins também reduziu sua produção nas comparações entre meses de junho (-0,9%), segundos trimestres (-1,9%) e primeiros semestres (-1,6%). Em que pesem essas retrações, o ramo ainda manteve crescimento em doze meses, 1,1%.

                          Os demais ramos do segmento de média-baixa intensidade tecnológica registraram taxas positivas no acumulado do ano e em doze meses. O conjunto das indústrias de têxteis, artigos de vestuário, couro e calçados, aliás, logrou crescimento nas quatro bases de comparação em evidência. Confrontando meses de junho de 2025 e de 2024, sua produção aumentou 3,8%, puxando a performance do segundo trimestre, 3,0%. No primeiro semestre e em doze meses, logrou desempenho ainda melhor: 4,2% e 5,4%, respectivamente. 

                          A fabricação de produtos de metal (exceto armas, munições e equipamentos bélicos) sofreu ligeira retração nas comparações entre meses de junho e entre segundos trimestres, taxa de -0,4% em ambas. No primeiro semestre e em doze meses, a produção desse ramo cresceu 1,8% e 5,3%, respectivamente.

                           

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                          Ainda que o novo aumento de tarifas pelos EUA venha a prejudicar o desempenho exportador brasileiro, ao menos na primeira metade de 2025, os bens industriais de maior intensidade tecnológica conseguiram ampliar seus embarques.

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                          O tarifaço dos EUA contra o Brasil reforça a importância de ampliar o número de parceiros comerciais, diversificar nossa pauta exportadora e alavancar a competitividade do produto nacional, além de seguir tentando chegar a um acordo com os EUA que reduzam as alíquotas impostas.

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                          Além da alta informalidade, o aumento de práticas ilegais de certas empresas e a entrada de grupos criminosos em atividades econômicas lícitas colocam em risco a segurança pública, mas também criam um ambiente de concorrência desleal e geram grandes ineficiências econômicas. 

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                          Carta IEDI n. 1325 - Os fluxos de investimentos globais e a posição do Brasil
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                          Estudo da Johns Hopkins University destaca oportunidades da transição energética para cadeias produtivas específicas do Brasil e desafios da NIB.

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                          As altas taxas de juros e incertezas agravadas pela errática política tarifária dos EUA erodiram os fatores de expansão da nossa indústria.

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