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                          Carta IEDI

                          Edição 247
                          Publicado em: 16/02/2007

                          Uma Desaceleração Moderada da Economia Mundial em 2007?

                          Sumário

                          O recém-publicado relatório World Economic Situation and Prospects 2007, elaborado por pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU) examina o desempenho recente da economia mundial e apresenta projeções para 2007.

                          Após três anos de crescimento amplo e generalizado, o ritmo de expansão da economia mundial deverá se desacelerar em 2007. De acordo com as projeções, o produto mundial deverá crescer 3,2% em termos reais em 2007 (contra 3,8% estimados para 2006), em razão do menor dinamismo da economia norte-americana. A expansão prevista para os EUA em 2007 é de apenas 2,2%, devido ao enfraquecimento do mercado imobiliário e a seus efeitos deletérios sobre o consumo.

                          Um declínio mais acentuado do mercado imobiliário dos Estados Unidos e uma elevação persistente dos preços do petróleo representam os principais riscos para esse cenário de moderada desaceleração da economia mundial.

                          Na avaliação das Nações Unidas, nenhum país desenvolvido atuará como motor alternativo da economia mundial em 2007, uma vez que se prevê o arrefecimento do crescimento na Área do Euro e no Japão, com variação real do PIB estimada, respectivamente, em 2,2% e 1,7%.

                          As estimativas apontam para a continuidade da trajetória de forte crescimento das economias em desenvolvimento e em transição, que, em 2007, deverão apresentar expressivas taxas de expansão de, respectivamente, 5,9% e 6,5%, embora inferiores àquelas alcançadas em 2006 (média de 6,5% nas economias em desenvolvimento e 7,2% nas economias em transição).

                          Dentre os países em desenvolvimento, China e Índia se destacam por suas altas taxas de expansão sustentada, as quais têm contribuído para ampliação dos vínculos financeiros e do comércio Sul-Sul, se refletindo, entre outros, na forte e contínua demanda por energia e por commodities primárias. Os elevados preços das commodities beneficiam vários países em desenvolvimento e também as economias em transição, em particular, os países da Comunidade dos Estados Independentes (CIS, na sigla em inglês).

                          Para o Brasil, as estimativas indicam variação real do PIB de 3,5% em 2007 (3,3% em 2006), bem abaixo da média das economias em desenvolvimento (5,9%). Considerando corretas as estimativas da ONU, pela média de crescimento do PIB real no período 2003-2007, a expansão da economia brasileira corresponderá a apenas 85% do crescimento econômico mundial, em flagrante contraste com o desempenho da Argentina (238%), Venezuela (198%) e Chile (155%).

                          O relatório ressalta que, a despeito dos avanços nas condições das economias domésticas e nas relações inter-regionais, a maioria dos países em desenvolvimento permanece vulnerável à desaceleração das principais economias desenvolvidas e à volatilidade dos preços das commodities e dos mercados financeiros internacionais.

                          Outras previsões do relatório são:

                          • Manutenção da inflação global em níveis baixos, com diminuição das pressões inflacionárias em razão da esperada desaceleração da economia mundial.

                          • Volume das transações mundiais de bens e serviços deve crescer em ritmo mais moderado em 2007 (7,7%), após forte expansão em 2006 (10,1%).

                          • Taxas de desemprego em queda nas economias desenvolvidas, permanecendo elevadas nas economias em desenvolvimento e nos países em transição.

                          • Volatilidade dos preços das commodities primárias, embora estime-se que os preços devem diminuir.

                          • Permanência das condições favoráveis de financiamento das economias emergentes no mercado financeiro internacional.

                          • Nível dos fluxos de capitais privados para os países em desenvolvimento deverá permanecer elevado em 2007, embora em patamar inferior ao de 2006.

                          Embora projete, para 2007, uma ligeira redução nos desequilíbrios globais, em conseqüência do arrefecimento da economia norte-americana, o estudo da ONU alerta para o risco de ajustamento desordenado, sob a forma de uma abrupta desvalorização do dólar, com graves conseqüências, em particular, para os países em desenvolvimento. Assim, defende a coordenação internacional da política macroeconômica como estratégia mais adequada para a resolução dos desequilíbrios nas contas externas.

                          Desempenho Macroeconômico Recente e Previsões para 2007. De acordo com as Nações Unidas, a economia mundial registrou novamente em 2006 um crescimento expressivo. Pelo terceiro ano consecutivo, a expansão econômica em vários países em desenvolvimento atingiu seu ritmo mais acelerado em décadas, a despeito da forte volatilidade em vários indicadores de mercado, como taxas de câmbio, preço das ações e preços das commodities primárias. Para 2007, espera-se moderação no ritmo de expansão global, em razão do esfriamento do mercado imobiliário norte-americano que, ao arrefecer a economia dos EUA, deverá afetar o crescimento do resto do mundo.

                          A retração do mercado imobiliário norte-americano, ao acarretar, via efeito-riqueza, redução do consumo das famílias e menor demanda por importações, é transmitida pelo comércio para os demais países. O impacto direto é mais forte para aqueles que concentram maior parcela de suas exportações para os Estados Unidos, como Canadá, México e China.

                          Embora o crescimento econômico da Europa e do Japão esteja próximo do seu potencial, a expansão dessas economias não é suficientemente forte para compensar a perda de dinamismo dos Estados Unidos, que permanece como carro-chefe da economia mundial. Assim, as estimativas indicam incremento do produto mundial em 3,2% em 2007, o que representa uma redução de 0,6 pontos percentuais em relação a 2006.

                          Os países em desenvolvimento deverão ser afetados em graus variados pela desaceleração da economia mundial. Isto porque há um componente crescentemente endógeno na forte expansão da atividade econômica nos países em desenvolvimento, em razão da rápida industrialização e ampliação dos serviços na China e na Índia e da forte demanda por produtos primários. Todavia, como o grosso da demanda mundial por produtos primários se origina nos países desenvolvidos, a desaceleração da atividade econômica nesses países ainda afeta, significativamente, o crescimento das economias em desenvolvimento.

                          Quanto ao comércio mundial, as previsões para 2007 também indicam expansão do volume das transações com bens e serviços em ritmo menor do que o de 2006: 7,7% contra 10,1%. As economias asiáticas, em particular, China e Índia, cujas exportações cresceram 20% em termos reais, devem se manter na liderança do dinamismo do comércio global.

                          Os termos de troca de vários dos países em desenvolvimento exportadores de petróleo e de minérios e metais se fortaleceram pelo quarto ano consecutivo em 2006. Porém, na avaliação dos pesquisadores das Nações Unidos, a intensa volatilidade dos preços dessas commodities ao longo de 2006 seria indicativa de uma futura reversão. Portanto, as projeções apontam para uma ligeira deterioração em 2007.

                          A inflação global deverá permanecer relativamente estável em 2007, com tendência à queda tanto nos países desenvolvidos como em desenvolvimento. Em 2006, na maioria dos países, ocorreu elevação das taxas de inflação, em razão, sobretudo, da forte alta dos preços do petróleo. Esse foi o caso, por exemplo, dos Estados Unidos, cuja inflação acelerou no primeiro semestre, estabilizando-se, posteriormente, acima de 3%. Para 2007, as previsões indicam uma taxa de inflação da ordem de 2,5% nos Estados Unidos. Também para a Área do Euro, as estimativas apontam para inflação em declínio, mas permanecendo ligeiramente acima de 2%. Para o Japão, onde a recuperação da demanda doméstica finalmente retirou a economia da espiral deflacionária, as previsões sugerem para 2007 indicadores de inflação acima de zero.

                          O forte crescimento da economia mundial contribuiu para a melhora das condições do mercado de trabalho em inúmeros países. Na maioria das economias desenvolvidas, as taxas de desempregos declinaram em 2006. Nos Estados Unidos, por exemplo, a taxa de desemprego caiu abaixo de 4,6%. Também na Europa Ocidental, o desemprego prosseguiu em trajetória de declínio em 2006, e deverá continuar a se reduzir em 2007, embora em ritmo mais moderado. Já no mundo em desenvolvimento e em algumas das economias em transição, o elevado crescimento do produto não tem sido acompanhado pela ampliação da oferta de postos de trabalho em nível suficiente para reduzir as taxas de desemprego e de subemprego. Vários fatores explicam a persistência do alto desemprego no contexto atual de crescimento econômico: expansão liderada por setores intensivos em capital, ampliação da força de trabalho, forte crescimento da produtividade, mecanização da agricultura.

                          O relatório aposta na manutenção das condições favoráveis de financiamento das economias emergentes nos mercados financeiros internacionais, expressas nos prêmios de risco reduzidos. Os prêmios de risco dos bônus dos países emergentes que, voltaram a cair no segundo semestre de 2006, devem permanecer baixos em 2007. Porém, a taxa de juros dos títulos de dez anos do Tesouro norte-americano - principal referência (benchmark) para o mercado internacional de bônus -, que também permaneceu baixa em 2006, a despeito da contínua contração monetária nos Estados Unidos, poderá subir.

                          Todavia, o documento ressalta que, a despeito dos avanços nas condições das economias domésticas e nas relações inter-regionais, a maioria dos países em desenvolvimento permanece vulnerável à desaceleração das principais economias desenvolvidas e à volatilidade dos preços das commodities e dos mercados financeiros internacionais.

                          <<20070216-01.gif|Fonte: ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007.
                          Notas: a. Parcialmente estimado.
                          b. Previsão.|>>

                          <<20070216-02.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. 11.
                          Notas: a. Média não-ponderada de 51 países.
                          b. Estimativas preliminares.|>>

                          <<20070216-03.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p.8.|>>

                          <<20070216-04.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. 60.|>>

                          Economias Desenvolvidas. As previsões das Nações Unidas apontam para a desaceleração do conjunto das economias desenvolvidas, com o incremento do PIB real declinando de 2,9% em 2006 para 2,2% em 2007, em razão da menor expansão econômica nos Estados Unidos.

                          Nos Estados Unidos, as projeções apontam para aumento do PIB real de apenas 2,2% em 2007, bem inferior aos 3,2% estimados para 2006 e marcadamente abaixo do crescimento potencial. A principal causa desse arrefecimento, iniciado no segundo semestre de 2006, foi a forte reversão do setor imobiliário. A deterioração do mercado de trabalho e a piora dos indicadores da indústria de transformação mostraram que a desaceleração havia se generalizado. Todavia, a boa saúde financeira das empresas, garantindo a expansão do investimento, e o espaço existente para o afrouxamento da política monetária sugerem que redução do ritmo atividade econômica não deve resultar em recessão.

                          No Japão, a expansão permanece robusta para os padrões de uma economia madura e, particularmente, em vista da contínua expansão a uma taxa média de 2,5% desde 2003, liderada pela ampliação da demanda doméstica, com destaque para os investimentos empresariais. Contudo, em razão das taxas de juros mais elevadas, da consolidação fiscal, da apreciação cambial e do impacto negativo da fraca demanda norte-americana sobre as exportações japonesas, as previsões indicam que a atividade econômica deverá se retrair em 2007, com o aumento do PIB declinando para 1,7% (2,5% em 2006).

                          Na Área do Euro, o crescimento real do PIB deverá atingir 2,5% em 2006, a mais alta taxa desde 2000 e bem superior ao produto potencial (estimado em 2,0%). Embora o ritmo de expansão tenha se desacelerado ao longo do segundo semestre, ainda permanece relativamente forte, ancorado na demanda doméstica e, sobretudo, nos investimentos privados. De acordo com as projeções, a Área do Euro deve crescer em torno de 2,2% em 2007, ou seja, próximo ao potencial. São várias as causas dessa desaceleração da atividade econômica: exportações devem diminuir com a retração da demanda global e a esperada apreciação do Euro; políticas fiscais restritivas em vários países; taxas de juros mais elevadas.

                          Dentre as demais economias desenvolvidas, o Canadá é a que mais deverá sofrer o impacto da desaceleração norte-americana. Embora os investimentos privados e o consumo doméstico permaneçam robustos, a menor demanda das famílias nos Estados Unidos deverá se traduzir na diminuição das exportações canadenses, com reflexo no nível da atividade econômica. Em contraste, para Austrália, as estimativas indicam aceleração do crescimento econômico em 2007, que deverá superar 3,5%, estimulado pelo aumento dos investimentos público (infra-estrutura) e privado (capital fixo).

                          <<20070216-05.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. iv.
                          Notas: a. Parcialmente estimado.
                          b. Previsão.|>>

                          Economias em Transição. De acordo com as previsões das Nações Unidas, os países em transição devem apresentar expressivas taxas de expansão em 2007, ainda que ligeiramente inferiores àquelas alcançadas em 2006: média de 6,5% contra 7,2%.

                          As economias da CIS cresceram em ritmo acelerado em 2006, estimuladas pelos elevados preços internacionais, devido à forte demanda de petróleo, gás e metais. Em particular, no caso da Rússia, a expansão da atividade econômica (variação do PIB de 6,7%) também se beneficiou do recebimento de expressivos fluxos de capital privado. Para 2007, estima-se que haverá uma moderação no ritmo e na intensidade do crescimento, com previsão de um aumento de 5,8% do PIB russo.

                          Economias em Desenvolvimento. A continuidade da vigorosa expansão da atividade econômica, embora em ritmo um pouco menos acentuado, é esperada para o conjunto dos países em desenvolvimento em 2007. As estimativas indicam aumento real do PIB da ordem de 5,9% (6,5% em 2006). Embora haja diferenças de ritmo e de intensidade, estima-se crescimento do produto acima da média mundial na maioria das regiões do mundo em desenvolvimento.

                          Em relação à África, as previsões indicam que a região em seu conjunto manterá o ritmo de expansão verificado em 2006, com variação do PIB real de 5,6% também em 2007, permanecendo na trajetória de forte crescimento iniciada em 2003. Contudo, coexistem situações individuais bastante díspares entre os países do continente. De um lado, há muitos países com economia em franca expansão, apoiada na forte demanda global por hidrocarbonetos e por outras commodities primárias, nos preços internacionais favoráveis, vigorosa demanda doméstica e nos crescentes fluxos de capital. De outro lado, vários países sofrem com guerras civis, distúrbios políticos, condições climáticas adversas e/ou decréscimo de receita com turismo, e por conseqüência, registram pior desempenho econômico.

                          O relatório ressalta que, na maioria dos países da região, as taxas de crescimento econômico não têm sido elevadas o suficiente para alcançar as metas de desenvolvimento relativas à redução da pobreza. No período 1998-2006, apenas sete dentre cinqüenta e dois países conseguiram alcançar taxa média de variação real do PIB superior a 7%, necessária para reduzir à metade a pobreza extrema da região até 2015. Ademais, o crescimento é concentrado em algumas poucas atividades, deixando várias das economias extremamente vulneráveis a choques adversos, tais como condições climáticas, evolução dos termos de troca e fluxos de ajuda internacional.

                          Para a América Latina, a região que apresenta as menores taxas de crescimento dentre o conjunto de economias em desenvolvimento, o relatório ressalta que a expansão econômica continuará robusta, impulsionada pelo demanda doméstica e, em particular pela elevação dos investimentos em capital fixo. Após crescer 5,0% em 2006 em virtude das fortes demandas externa e doméstica, o ritmo de crescimento da região deverá se reduzir gradualmente para 4,2% em 2007, em função da desaceleração da economia mundial e da diminuição dos preços das commodities exportadas. Embora a variação real prevista para o PIB em 2007 seja menor do que a de 2006, a média de crescimento no período 2004-2007 é de 5%, dois pontos percentuais acima da média anual da década de 1990. Além disso, a expansão da região tem sido acompanhada de superávits em transações correntes, da redução dos déficits fiscais e da dívida externa, o que torna a América Latina menos vulnerável aos choques exógenos e menos dependente de recursos externos que no passado.

                          A Argentina e a Venezuela são os destaques do ciclo de expansão recente da América Latina. O crescimento da atividade econômica na Argentina tem sido liderado pela ampliação dos investimentos produtivos e do consumo doméstico, enquanto na Venezuela, o dinamismo advém dos altos preços de exportação do petróleo. O desempenho dessas economias tem sido melhor do que o estimado anteriormente pelos pesquisadores das Nações Unidas.

                          Colômbia e Chile também têm crescido acima da média regional, se beneficiando do aumento das exportações de petróleo (Colômbia) e de minérios (Chile). Já as economias do Brasil e do México vêm crescendo a um ritmo bem inferior ao da média regional.

                          Para o Brasil, as estimativas das Nações Unidas para 2006 foram revistas para baixo, em razão do aumento menor do que o esperado da produção industrial e das exportações no segundo trimestre. As previsões atuais são de crescimento real do PIB de 3,3% em 2006 e 3,5% em 2007.

                          Considerando a média de crescimento do PIB real no período 2003-2007, se as previsões das Nações Unidas se confirmarem, a economia brasileira crescerá apenas 2,8% ao ano, enquanto a média mundial será de 3,4% ao ano e a média das economias em desenvolvimento de 6,2% a.a. Com isso, a expansão da economia brasileira corresponderá a apenas 85% do crescimento da economia mundial, o pior desempenho dentre um conjunto de países em desenvolvimento selecionados, e em flagrante contraste com o desempenho da Argentina (238%), Venezuela (198%) e Chile (155%).

                          No caso do México, as estimativas indicam a desaceleração da economia em 2007, em virtude da menor demanda de exportações por parte dos Estados Unidos. Após crescer 4,2% em 2006, a variação do PIB mexicano deverá declinar para 3,0% em 2007.

                          As sub-regiões da Ásia em desenvolvimento devem manter em 2007 o forte ritmo de crescimento observado em 2006. No Leste da Ásia, o PIB cresceu 7,6% em termos reais em 2006 sob a liderança da economia chinesa. Para 2007, as estimativas indicam que o aumento do PIB da região declinará para 7,0%, em virtude da desaceleração da economia mundial e também do enfraquecimento do ciclo global de eletrônicos e da moderação dos preços das commodities.

                          Na China, onde PIB cresceu 10,2% em termos reais em 2006 pelo segundo ano consecutivo, as estimativas são de menor ritmo de expansão da atividade econômica, em resultado das medidas contracionistas adotadas pelo governo em meados de 2006. Dentre as várias medidas administrativas e monetárias adotadas com vistas a moderar o ritmo dos investimentos e, assim, trazer o crescimento para uma rota mais equilibrada e sustentável, destacam-se os sucessivos aumentos nas taxas de juros e nos requerimentos de reservas compulsórias dos bancos comerciais, as restrições aos investimentos estrangeiro no setor imobiliário e a política mais restritiva de uso da terra. Os efeitos dessas medidas restritivas, que começaram a ser sentidos no segundo semestre de 2006, deverão se prolongar em 2007. Ao lado do declínio esperado das exportações devido à desaceleração da economia mundial, tais efeitos irão se traduzir em uma menor expansão do PIB real em 2007, estimada em 8,9%.

                          Nas novas economias industrializadas (NIEs na sigla em inglês) - Cingapura, Coréia, Hong Kong e Taiwan -, a atividade econômica também deverá se arrefecer em 2007, em razão do enfraquecimento do ciclo global de eletrônicos e da menor crescimento das exportações. Em contraste, para os quatro países da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN 4, na sigla em inglês) - Filipinas, Indonésia, Malásia e Tailândia - as previsões apontam para a aceleração do ritmo de crescimento em 2007, estimulado pelo aumento do consumo privado após o afrouxamento da política monetária (Indonésia) e pela contínua ampliação da demanda doméstica (demais países).

                          Segundo as estimativas, o Sul da Ásia deverá crescer, em média, 6,5% em 2007 (6,7% em 2006). Líder e maior economia dessa sub-região, a Índia continuará apresentando taxas reais de crescimento próximas de 8% ao ano.

                          Na Ásia Ocidental, o crescimento econômico tem sido liderado pelos países exportadores de petróleo, beneficiados pela alta dos preços e aumento das receitas com exportação. O movimento de redução dos preços do petróleo iniciado no segundo semestre de 2006 deverá implicar no arrefecimento do ritmo de expansão da atividade econômica em 2007, com incremento do PIB estimando em 4,9% (5,7% em 2006). As duas maiores economias dessa sub-região, Israel e Turquia, devem crescer em 2007 um pouco abaixo da média regional: 4,5% e 4,8%, respectivamente.
                           
                          <<20070216-07.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. iv.
                          Notas: a. Parcialmente estimado.
                          b. Previsão.
                          c. Inclui Israel e Turquia|>>

                           
                          <<20070216-08.gif|Fonte: ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007.
                          Nota: * Dados parcialmente estimados para 2006 e projeções para 2007.|>>

                          Fluxos de Capitais para os Países em Desenvolvimento. Segundo a ONU, em 2006, os fluxos de capital privado destinados aos países em desenvolvimento e em transição permaneceram em patamar elevado, em termos históricos, porém em níveis menores do que os dos anos precedentes (2002 a 2005). As turbulências nos mercados financeiros internacionais em maio e junho de 2006 que afetaram os fluxos de investimento de portfólio, a diminuição dos financiamentos líquidos provenientes dos bancos e dos credores de bônus em virtude do pré-financiamento em 2005 de obrigações a vencer em 2006 e as recompras de um substancial volume de bônus por partes das empresas emissoras explicariam a moderação no crescimento dos fluxos de capital privado.

                          Para 2007, as projeções são de que os fluxos de capitais privados para os países em desenvolvimento permanecerão forte e concentrado em um número pequeno de receptores. Segundo o relatório cerca de dez países respondem por 70 % das emissões de títulos do mundo em desenvolvimento. Igualmente, 70% dos empréstimos bancários internacionais se concentram em apenas dez países. Todavia, há evidências de que a concentração dos fluxos de investimento direto estrangeiro (IDE) diminuiu nos anos recentes, de 70% para 65% dos fluxos destinados aos dez principais países receptores.

                          A questão da concentração dos fluxos com alguns poucos países receptores se reflete nas diferenças regionais. A Ásia e especialmente as economias emergentes respondem por mais de 70% dos investimentos brutos de portfólio e pela maior fatia dos fluxos privados líquidos, refletindo o forte desempenho das economias e o ambiente favorável aos negócios. A Europa emergente também ampliou sua participação nos fluxos de capital privado nos anos recente, devido às privatizações e as ondas de fusão e aquisição nos novos países-membros da União Monetária. Em contrapartida, os fluxos para a América Latina estão abaixo dos níveis observados na década de 90. A recompra de dívida externa em 2005 e 2006 limitou os fluxos para a região, os quais deverão voltar a crescer em 2007, atingindo US$ 18,5 bilhões (US$ 12,7 bilhões em 2006), mas ainda muito abaixo da média anual no período 1998-2004 (US$ 30,9 bilhões).

                          Em expansão pelo terceiro ano consecutivo, os fluxos globais de investimento direto estrangeiro devem atingir de acordo com as estimativas US$ 1,2 trilhão em 2006, com destaque para os fluxos destinados aos países avançados que devem crescer 47,7% em relação a 2005. O crescimento relativamente alto do PIB nas regiões desenvolvidas e em desenvolvimento exerceu uma influência favorável para a ampliação dos fluxos de IDE. A maior lucratividade das corporações impulsionou os valores das fusões e aquisições inter-fronteiras, as quais representam a maior parcela dos fluxos de IDE.

                          Embora a maior parcela dos fluxos de IDE se destine aos países desenvolvidos, a participação dos países em desenvolvimento nesses fluxos subiu de 20% no período 1978-1980 para 35% no período 2003-2005. As estimativas apontam que os fluxos de IDE destinados aos países em desenvolvimento continuará crescendo em 2007. Os investimentos destinados à exploração de recursos naturais devem permanecer na liderança, estimulados pela elevada demanda mundial.

                          Os países em desenvolvimento e em transição vêm exercendo papel crescentemente importante como matrizes (home base) de fluxos globais de IDE. Em 2005, esses países respondiam pela origem de 17% dos fluxos globais de IDE. Parcela expressiva dos fluxos de IDE realizados em países em desenvolvimento são provenientes de outros países em desenvolvimento, cujas empresas procuram, estimuladas pelos governos, garantir acesso a matérias-primas. Estes são os casos, em particular, das empresas da China e da Índia. O Sul e Leste da Ásia são as principais regiões de origem dos fluxos de IDE provenientes de economias em desenvolvimento e em transição, respondendo por 62% dos fluxos totais. Embora em 2005, os fluxos de IDE provenientes da Ásia se reduziram 11% em 2005 para US$ 68 bilhões, mas, em termos absolutos, esses fluxos ainda são duas vezes maiores do que os da segunda maior região: a América Latina (US$ 33 bilhões, excluindo os investimentos nos centros financeiros offshores).

                          O relatório destaca também que os países em desenvolvimento, ao lado das economias em transição, estão transferindo cada vez mais recursos líquidos para os países desenvolvidos. As transferências financeiras líquidas - que se referem aos fluxos líquidos de capital recebido menos os pagamentos líquidos e dividendos - feitas pelos países em desenvolvimento atingiram US$ 657,7 bilhões em 2006. Até mesmo a África Subsaariana, que era a única região do mundo em desenvolvimento a registrar saldos positivos de transferência líquidos nos anos recentes, tornou negativa (US$ 10 bilhões).

                          A construção de reservas oficiais tem sido o mecanismo-chave pelo qual ocorrem essas, paradoxais, transferências líquidas para os países ricos. A constituição de expressivas reservas internacionais é vista como meio de proteção contra os choques externos advindo dos mercados globais. Porém, essa alternativa acarreta elevados custos de oportunidade para os países em desenvolvimento, em particular, para os mais pobres.

                          <<20070216-10.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. 66.
                          Nota: a. Inclui todas as economias em desenvolvimento e países do Sudeste da Europa e da comunidade dos Estados Independentes.|>>

                           
                          <<20070216-11.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. 57.
                          Notas: a. Transferências financeiras líquidas são definidas como fluxos líquidos de capital menos juros e dividendos pagos ao exterior.
                          b. Estimativa.|>>

                          Riscos e Incertezas. Segundo o relatório, as perspectivas da economia mundial em 2007 estão rodeadas de incertezas e riscos. Os três principais são:

                          • Possibilidade de estouro da bolha imobiliária em vários países, como Reino Unido, Irlanda, Espanha, e enfraquecimento adicional do mercado imobiliário norte-americano. Esse risco é bastante sério para economia mundial, não apenas pelo tamanho das economias envolvidas, mas, sobretudo, pelos intrincados vínculos entre os preços de residências e os desequilíbrios globais, dado que os em vários países o boom imobiliário tem sido indiretamente financiado pelos países superavitários.

                          • Volatilidade dos preços do petróleo resultante da forte demanda global associada aos limites de capacidade de refino e produção e tensões geopolíticas. Tudo indica que os preços do petróleo permanecerão altos e voláteis, pois a menor demanda resultante da desaceleração mundial deverá ser acompanhada pela redução das quotas de produção já anunciada pela OPEP. Vários países pobres e importadores líquidos de petróleo são particularmente vulneráveis à elevação dos preços.

                          • Risco crescente de ajuste desordenado dos desequilíbrios globais. Os desequilíbrios em transações correntes entre países e regiões ampliaram ainda mais em 2006, com os EUA incorrendo em um déficit próximo a US$ 900 bilhões em contrapartida aos superávits registrados pela Alemanha, Japão e, principalmente, pelas regiões em desenvolvimento e em transição, incluindo os principais exportadores de petró

                          Embora estime, para 2007, ligeira redução nos desequilíbrios globais, em conseqüência do arrefecimento da economia norte-americana, o estudo das Nações Unidas alerta para o risco de ajustamento desordenado, sob a forma de uma abrupta desvalorização do dólar na seqüência de movimentos especulativos, com graves conseqüências, em particular, para os países em desenvolvimento.

                          A acumulação de reservas internacionais pelos países em desenvolvimento é a imagem invertida do amplo déficit em transações corrente dos EUA, que, como país emissor da moeda-reserva, também apresenta crescente posição devedora líquida. Muitos países em desenvolvimento continuaram, ao longo de 2006, a ampliar suas reservas internacionais. Após ter atingindo dois trilhões de Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês) ao final de 2005, estima-se que as reservas internacionais dos países em desenvolvimento, em seu conjunto, cresceram entre SDR 300 a 400 bilhões em 2006. Na liderança desse movimento, estiveram as economias asiáticas, dentre as quais se destaca a China, com nível de reservas acima de US$ 1 trilhão em novembro de 2006.

                          Embora esse arranjo possa parecer conveniente, ao longo do tempo, a ampliação da posição devedora dos Estados Unidos resultará no enfraquecimento do valor do dólar, uma vez que a confiança na sustentabilidade do déficit irá se erodir, tal como previsto no dilema de Triffin. Tal situação implicará perdas vultosas para os países que detêm reservas em dólar. Por mais que o acúmulo de reservas proteja os países em desenvolvimento dos choques idiossincráticos, não os isola de choques sistêmicos globais como um abrupto ajustamento do déficit externo norte-americano e uma forte depreciação da moeda-reserva internacional. Ademais, uma forte desvalorização do dólar (hard landing) aumentaria a incerteza dos investidores internacionais e provocaria turbulências nos mercados financeiros internacionais.

                          <<20070216-14.gif|Extraído de ONU - World Economic Situation and Prospects, January, 2007, p. 21.
                          Notas: a. Parcialmente estimado.
                          b. Previsões.|>>

                          Defesa da Coordenação Internacional de Política Macroeconômica. Na avaliação das Nações Unidas, as políticas atuais têm se mostrado inadequadas para lidar com os desequilíbrios globais. Os movimentos em direção a uma postura mais restritiva nas áreas fiscal e monetária no Japão e em outros importantes países superavitários como Alemanha provavelmente vão resultar na ampliação ainda maior de seus superávits. Como limitam o expansão da demanda doméstica, essas políticas acabam contribuindo para aprofundar a desaceleração da economia mundial, dificultando assim que os EUA diminuam o seu déficit mediante a ampliação das exportações. Embora vários países superavitários do Leste da Ásia venham praticando uma política fiscal expansionista, seus efeitos não parecem ser suficientes, na ausência de um ajuste das taxas de câmbio das principais moedas, para compensar as repercussões deflacionárias.

                          Na ausência de progressos no enfrentamento do problema dos desequilíbrios globais, cresce o risco de ataques especulativos contra o dólar. A desvalorização do dólar poderá ajudar a reduzir o déficit norte-americano, mas como a economia mundial depende sobremaneira dos estímulos da demanda do mercado norte-americano, uma forte retração das importações dos Estados Unidos poderá ter repercussões deflacionárias globais. Para os países em desenvolvimento, isto resultaria na interrupção do processo de crescimento, inviabilizando a redução da pobreza.

                          Dada a crescente integração econômica do mundo, o ajustamento ordenado dos desequilíbrios globais que minimizaria os custos do crescimento econômico exige a coordenação internacional das políticas macroeconômicas. Como o FMI e o Banco Mundial, a ONU também reitera a recomendação de que sejam feitos esforços reais para uma resposta coordenada das principais economias aos desequilíbrios globais.

                          O relatório assinala que a coordenação internacional de políticas esbarra em inúmeros obstáculos:

                          • Não há consenso sobre a urgência do ajustamento dos desequilíbrios. Há que defenda que o ajustamento é desnecessário porque os países emergentes superavitários financiam o déficit norte-americano. Estes países se beneficiam de taxas de câmbio desvalorizadas em relação ao dólar que os permite rápido crescimento liderado pelas exportações. Ademais, ao manter reservas internacionais em dólar ou em títulos denominados em dólar esses países contribuem para a manutenção do ambiente favorável de baixas taxas de juros.

                          • Dissenso também na interpretação da posição atual e perspectiva das economias. As diferenças se referem tanto ao ritmo e intensidade do crescimento da economia norte-americana e dos principais países superavitários quanto à possibilidade dos Estados Unidos usufruírem por muito tempo o seu “privilégio exorbitante” de país emissor da moeda-reserva internacional.

                          • Existência de fortes grupos de interesse doméstico. Os diferentes grupos de interesse - exportadores versus produtores para os mercados domésticos; famílias de alta versus família de baixa renda; capital versus trabalhadores – são afetados de forma distinta pelas políticas de ajustamento. Embora a coordenação de um conjunto de políticas nacionais de ajustamento seja benéfica para os países com um todo, sempre haverá uma parcela dos residentes em desvantagem. Na ausência de mecanismos de compensação para os perdedores, haverá forte a resistência à adoção de tais medidas.

                          • Percepção de que faltam instrumentos efetivos de política. A adesão dos governos a um pacote de políticas particularmente acordadas para a resolução dos desequilíbrios globais fica comprometida pela dúvida quanto a sua eficácia. Por exemplo, afirma-se com freqüência que é importante que o governo dos Estados Unidos estimule a elevação da taxa da poupança privada. Todavia, as causas de variação da poupança não são inteiramente compreendidas. A teoria econômica convencional explica apenas uma parte pequena das dramáticas variações observadas. Mesmo em áreas nas quais formuladores de política se deparam com menores incertezas sobre as articulações entre os instrumentos e as metas, há pelo menos duas qualificações a serem consideradas. A primeira é o baixo grau de liberdade de ajustar as políticas domésticas às negociações internacionais. Por exemplo, a política monetária é, em geral, em responsabilidade dos bancos centrais e não dos governos que participam das negociações internacionais. A segunda é que os governos participantes dos acordos cooperativos internacionais têm incentivos a repudiá-los, beneficiando-se da ação dos demais governos, mas recusando-se a incorrer em custos.

                          Em razão desses obstáculos, as Nações Unidas consideram que para viabilizar a ação coordenada para a resolução dos desequilíbrios seria necessário que os governos e organismos internacionais dessem os seguintes passos:

                          1. Desenvolvimento de um consenso em torno das metas comuns a partir de um conselho multilateral com mediador externo. O papel de mediador poderia ser desempenhado pelo FMI;

                          2. Fortalecimento da legitimidade do mediador e do conselho multilateral. Como imparcialidade do mediador é essencial para aumentar sua legitimidade, a governança do FMI precisaria ser completamente reformulada, incluindo alteração na composição do seu conselho executivo e nas modalidades de suporte e de políticas na resolução de crises.

                          3. Definição de um cronograma plurianual para a adoção das políticas de ajustamento. Um processo gradual para o ajustamento dos desequilíbrios globais seria preferível. Além de evitar choques com alterações significativas nas políticas monetária e fiscal, a divulgação de uma programação pré-estabelecida tranqüilizaria o mercado financeiro.

                          4. Realização de reformas sistêmicas das instituições monetárias e financeiras internacionais. A solução de longo prazo dos desequilíbrios globais exigiria uma ampla e profunda reforma do sistema monetário e financeiro global. Como Keynes enfatizou nas negociações em Bretton Woods, um sistema com moeda nacional sendo utilizada como moeda-reserva internacional apresenta um problema intrínseco dá origem a assimetrias e desajustes globais, que o mercado por si não consegue resolver.
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