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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 03/06/2020

                          Covid-19 e o colapso da produção industrial

                          A produção industrial sofreu um colapso na passagem de março abril de 2020, recuando -18,8% já descontados os efeitos sazonais. Contribuíram para tanto as medidas de isolamento social, mas também a queda acentuada das exportações de manufaturados, rupturas de cadeias de fornecedores e o quadro de elevado medo e incerteza, bloqueando decisões de investimento e de consumo de muitos bens industriais.

                          Com isso, em apenas dois meses a pandemia de covid-19 já retirou da indústria mais de ¼ de sua atividade. O nível de produção de abr/20 comparado com aquele de fev/20 encolheu -26,1% no setor como um todo, mas foi muito pior para bens de consumo duráveis e bens de capital. 

                          Assim, a indústria perdeu em jan-abr/20 tudo aquilo que perdeu em jan-dez de 2015, o pior ano da história recente do setor. A queda acumulada em ambos os casos foi de -8,2% frente aos mesmos períodos dos anos anteriores.

                          Em abr/20, houve perda de produção nos quatro macrossetores industriais, como mostram a seguir as variações frente a mar/20 com ajuste sazonal, e em 84% dos ramos pesquisados pelo IBGE. Em 65% deles, as quedas foram fulminantes, isto é, entre -10% e -90%. 

                               •  Indústria geral: +0,6% em fev/20; -9,0% em mar/20 e -18,8% em abr/20;

                               •  Bens de capital: +0,9%; -15,5% e -41,5%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +0,9%; -3,7% e -14,8%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -0,1%; -23,7% e -79,6%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -0,3%, -12,0% e -12,4%, respectivamente.

                          O tombo mais intenso foi registrado pelos bens de consumo duráveis, em grande medida devido à quase paralisação do ramo automobilístico. A produção de veículos liderou as perdas com -88,5% frente a mar/20 livre de sazonalidade. Já o ramo de outros equipamentos de transporte, que inclui a produção de aeronaves, apresentou o segundo pior desempenho: -76,3%. 

                          Os resultados de ramos que compõem bens de capital não ficaram muito atrás, como a queda de -33,8% de máquinas e aparelhos elétricos e de -30,8% de máquinas e equipamentos. Todos tiveram perdas recordes.

                          Mas não foram apenas bens cujos mercados demandam confiança e condições adequadas de financiamento que apresentaram retrocessos intensos. Vestuário (-37,5%), têxteis (-38,6%) couros e calçados (-48,8%) também estão entre os mais afetados, pois seu consumo tende a ser mais facilmente adiado pelas famílias em momentos de crise e sua produção é intensiva em mão de obra, exigindo maiores adaptações para assegurar protocolos de proteção sanitária.

                          A mudança de hábitos de consumo devido à pandemia afetou a produção de alguns bens mais essenciais, como bebidas (-37,6%), que teve o quinto pior resultados entre os 26 ramos acompanhados pelo IBGE. Isso porque bares e restaurantes compõem uma parcela preponderante do mercado de bebidas.

                          Poucos foram aqueles que tiveram recuos moderados. Apenas 20% do total de ramos apresentaram variações entre 0% e -10%, geralmente atividades pouco intensivas em mão de obra e vinculadas à produção de intermediários de amplo uso no sistema produtivo, o que tende a gerar menores oscilações mês a mês.

                          Mais raros ainda foram os casos positivos. Os únicos três ramos que conseguiram crescer foram alimentos, farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de higiene, limpeza e perfumaria, baseados no consumo domiciliar e no caráter sanitário da crise.

                          A partir dos resultados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de abril divulgados hoje pelo IBGE, para dados livres de influência sazonal, a produção industrial nacional registrou retração de 18,8% frente ao mês de março de 2020. Para o acumulado em doze meses registrou-se variação negativa de 2,9% e para o acumulado do ano houve retração de 8,2%. Em comparação a abril de 2019, aferiu-se decréscimo de 27,2%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, os cinco segmentos analisados apresentaram retrações: bens duráveis (-79,6%), bens de capital (-41,5%), bens de consumo (-26,1%),  bens intermediários (-14,8%) e, bens semiduráveis e não duráveis (-12,4%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de abril de 2019, todos os seguimentos analisados apresentaram decréscimos: bens duráveis (-85,0%), bens de capital (-52,5%), bens de consumo (-39,2%), bens semiduráveis e não duráveis (-25,2%) e, bens intermediários (-17,1%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registrou-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-6,4%), bens de capital (-4,4%), bens intermediários (-2,7%), bens de consumo (-2,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,4%).

                          Setores. Na comparação com março de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 3 dos 26 ramos pesquisados. As variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,6%), produtos alimentícios (3,3%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (1,2%). Para o período analisado o setor de indústrias extrativas apresentou estabilidade. Por outro lado, os 22 segmentos restantes apresentaram decréscimos, com os mais expressivos tendo sido observados em veículos automotores, reboques e carrocerias (-88,5%), outros equipamentos de transporte (-76,3%), couro, artigos de viagem e calçados (-48,8%), produtos têxteis (-38,6%), bebidas (-37,6%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-37,5%), móveis (-36,7%), máquinas, aparelhos e matérias elétricos (-33,8%), máquinas e equipamentos (-30,8%), produtos diversos (-30,6%), metalurgia (-28,8%), produtos de metal (-26,8%), produtos de minerais não-metálicos (-26,4%) e, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-26,0%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 4 dos 26 ramos analisados: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (5,7%), celulose, papel e produtos de papel (2,5%), produtos alimentícios (2,4%) e, perfumaria, sabões e produtos de limpeza (1,7%). 

                          Em sentido oposto, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: veículos automotores, reboques e carrocerias (-32,1%), outros equipamentos de transporte (-30,7%), impressão e reprodução de gravações (-27,8%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-26,1%), couro, artigos de viagem e calçados (-25,8%), móveis (-17,8%), bebidas (-15,3%), produtos têxteis (-14,6%), produtos diversos (-13,6%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-12,9%), produtos de minerais não-metálicos (-12,7%), produtos de madeira (-11,3%), máquinas e equipamentos (-10,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,6%), metalurgia (-10,3%) e produtos de metal (-10,2%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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