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                          Análise IEDI

                          Crédito
                          Publicado em: 26/10/2020

                          O crédito em 2020 e os programas emergenciais

                          Em setembro de 2020, as concessões reais de crédito, segundo os dados divulgados hoje pelo Banco Central, aumentaram +7,2% frente ao mesmo período do ano passado, contribuindo para que o resultado do 3º trim/20 também fosse positivo, em +4,9%.

                          Frente às incertezas produzidas pela crise da Covid-19, o crédito flui, em 2020, de forma assimétrica e, em grande medida, devido aos programas emergenciais de financiamento adotados pelo governo. No 3º trim/20, enquanto as concessões reais às empresas cresceram +11,6%, o crédito às famílias manteve-se no vermelho, encolhendo -0,7%.

                          No acumulado de Jan-Set/20 frente ao mesmo período do ano anterior, este mesmo padrão se repete, com o crédito às famílias se contraindo. Para as empresas, seu financiamento aumentou, estimulado pelos programas oficiais, como sugere a expressiva reação do crédito direcionado, muito à frente das operações livremente pactuadas entre credores e clientes.

                               •  Concessões reais totais: +6,1% em jan-set/20 ante jan-set/19;

                               •  Concessões às empresas: +14,2%;

                               •  Concessões às famílias: -0,8%;

                               •  Concessões totais de crédito livre: +2,7%;

                               •  Concessões totais de crédito direcionado: +43,8%.

                          Com a expansão das concessões, o estoque do crédito às empresas subiu, em 2020, acima do total geral. Em grande medida, esteve avanço se deu a partir do choque da Covid-19, como resultado da reação preventiva das empresas, que reforçaram, logo no início da crise, sua liquidez, e dos programas oficiais. 

                          No 1º trim/20, o estoque de crédito real às empresas cresceu +6,3%, mas chegou a +16,2% no acumulado de 2020 até o mês de setembro. No caso do estoque total dos empréstimos a alta foi menor, de +10,1% em jan-set/20, devido ao menor dinamismo do crédito às famílias.

                          Setorialmente, é o financiamento das empresas de serviços que mais avançou. O ritmo de crescimento do estoque dessas operações triplicou ao sair +5,5% no 1º trim/20 para +16,8% no acumulado do ano até set/20.

                          O financiamento à indústria, por sua vez, aumentou +15,8% no acumulado do ano, o que representa o dobro da taxa de crescimento do 1º trim/20 (+7,3%), isto é, no período que antecedeu a implementação das ações emergenciais do governo na área de crédito.

                          Em seguida, o setor agropecuário viu seu estoque de empréstimos aumentar +12,0% em 2020 até o mês de setembro, um ritmo cerca de duas vezes aquele que vigeu no 1º trimestre do ano (+5,5%), tal como a indústria.

                          Os dados de crédito apresentados hoje pelo Banco Central registraram que o saldo das operações alcançou R$3,8 trilhões em setembro, apresentando variação positiva de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo de crédito a pessoas físicas em relação ao mês imediatamente anterior alcançou variação positiva de 1,4% (R$2,1 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas apresentou uma variação positiva de 2,6% na mesma comparação, alcançando R$1,7 trilhão. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (setembro de 2019), o saldo total de crédito obteve incremento de 13,1%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$2,2 trilhões, com acréscimo de 1,9% em relação ao mês anterior e expansão de 16,6% quando comparado com setembro de 2019. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas ficou em R$1,2 trilhão, aferindo expansão de 1,5% em relação ao mês imediatamente anterior e crescimento de 8,7% quando comparado com o mês de setembro de 2019. Para as operações junto a pessoas jurídicas aferiu-se montante de R$1,0 trilhão, crescimento de 2,4% em relação ao mês anterior e variação positiva de 26,5% na comparação com o mesmo período de 2019. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,6 trilhão em setembro de 2020, em termos nominais, indicando expansão de 8,6% frente ao mesmo mês do ano anterior e variação positiva de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo referente às pessoas físicas foi de R$968,6 bilhões, apresentando incremento de 9,9% quando comparado ao mês de setembro de 2019. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$651,2 bilhões, havendo acréscimo de 6,5% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior. 

                          Para o mês de setembro de 2020, foram concedidos R$367,0 bilhões em novas operações de crédito, apresentando variação positiva de 7,9% frente ao montante de R$340,1 bilhões observado em setembro de 2019. Deste volume apresentado em setembro de 2020, R$310,5 bilhões foram originados de recursos livres e R$56,5 bilhões de recursos direcionados, o que representou, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, expansão de 0,7% para recursos livres e incremento de 77,7% para recursos direcionados, respectivamente.

                          Para as concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de crédito rotativo (R$112,9 bilhões), cartão de crédito (R$105,8 bilhões), crédito não rotativo (R$47,4 bilhões), cheque especial (R$24,1 bilhões) e crédito pessoal (R$20,5 bilhões). Quanto as pessoas jurídicas, as principais modalidades ficaram para capital de giro (R$39,5 bilhões), desconto de duplicatas (R$36,8 bilhões), cheque especial (R$11,2 bilhões), conta garantida (R$8,3 bilhões) e cartão de crédito (R$6,0 bilhões). 

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de financiamento imobiliário (R$12,6 bilhões), crédito rural (R$12,5 bilhões), BNDES (R$1,9 bilhão) e microcrédito (R$768,0 milhões). De outra forma, para as empresas, as principais modalidades ficaram com o crédito rural (R$5,8 bilhões), BNDES (R$2,7 bilhões) e os financiamentos imobiliários (R$1,1 bilhão).   

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou R$943,6 bilhões, o que significa um acréscimo nominal de 22,2% frente a setembro de 2019, e as maiores expansões ficaram para: comércio atacado - bens duráveis e não duráveis (42,9%), demais serviços prestados às empresas (44,7%), outros serviços (34,6%), comércio varejo – bens não-duráveis (34,1%), demais serviços prestados às famílias (34,8%), comércio geral – bens intermediários (28,5%), transporte via terrestre (27,2%), comércio (26,2%) e transporte (22,1%). 

                          Para o setor da indústria aferiu-se o valor de R$706,1 bilhões, variação positiva de 14,9% frente ao mesmo mês do ano anterior. O setor agropecuário registrou crédito de R$29,9 bilhões, variação positiva de 12,9% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de setembro de 2019. 

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, temos que as instituições financeiras públicas emprestaram R$1,754 trilhão, representando 46,1% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$1,361 trilhão, representando 35,7%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$693,2 bilhões, representando por sua vez 18,2% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em setembro alcançou 18,1% a.a., variação negativa de 0,5 p.p. no mês e declínio de 5,9 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas das concessões situou-se em 14,3 p.p., o que representou variações de -0,6 p.p. e de -4,5 p.p., nas mesmas bases de comparação. 

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