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                          Análise IEDI

                          Crédito
                          Publicado em: 27/11/2020

                          A pandemia e o crédito às famílias

                          O último trimestre do ano teve início com recuo das concessões reais de crédito, derivado daquelas operações livremente pactuadas entre credores e demandantes de empréstimos, sobretudo empresas. Em out/20, houve queda de -4,5% frente a set/20 e de -0,4% ante out/19.

                          Enquanto as concessões apenas de crédito livre encolheram -3,2% em relação ao mesmo período do ano passado, em uma sequência que já acumula sete meses negativos, as novas operações do crédito oficial, baseadas em programas emergenciais contra os efeitos da Covid-19, registraram alta de +25,7%.

                          O financiamento das empresas foi quem começou o 4º trim/20 em pior situação. Suas concessões reais caíram -1,3% ante out/19, condicionadas pelo segmento livre, que variou -5,1%. O crédito às famílias não chegou a cair, mas também não se expandiu propriamente, ao apresentar resultado de mero +0,4%. Isto também devido às operações livres às pessoas físicas (-1,6%).

                          Como mostram as variações interanuais abaixo, a pandemia, de fato, vem restringindo muito o financiamento à famílias, em parte porque a demanda caiu, em parte porque os riscos crescentes afugentaram os credores. De todo modo, esta evolução mais o desemprego em alta e a redução do auxílio emergencial podem vir a estreitar o consumo nos próximos meses.

                               •  Concessões reais totais: +19,2% no 1º trim/20; -4,6% no 2º trim/20; +5,7% no 3º trim/20; -0,4% em out/20.

                               •  Concessões reais às empresas: +28,1%; +4,5%; +13,4% e -1,3%;

                               •  Concessões reais às famílias: +11,8%; -12,4%; -0,7% e +0,4%, respectivamente.

                          Com dois trimestres seguidos de declínio e esta virtual estabilidade em out/20, os empréstimos novos às famílias acumulam queda de -0,7% em jan-out/20 frente a igual período do ano passado. Isso é resultado da retração de -3% do crédito livre, amenizada pela alta de +19,3% do financiamento oficial, notadamente o imobiliário (+24%), favorecido pela redução das taxas de juros.

                          Para as empresas, a evolução tem sido majoritariamente positiva. No primeiro trimestre houve forte elevação das concessões, em função da estratégia precaucional das grandes empresas em março para formar um colchão de liquidez face à pandemia. No segundo trimestre, dificuldades de implementação dos programas oficiais contribuiu para o arrefecimento da alta do crédito, problema em boa medida equacionado no 3º trim/20, quando as concessões voltaram a se acelerar.

                          Assim, no acumulado de jan-out/20, as novas contratações de empréstimos às empresas cresceram +13,1%, já descontada a inflação, apoiadas tanto no segmento livre (+7,3%) como no crédito direcionado, que avançou +106% no período.

                          Segundo os dados de crédito apresentados hoje pelo Banco Central, o saldo das operações alcançou R$3,9 trilhões em outubro de 2020, apresentando variação positiva de 1,4% em relação ao mês imediatamente anterior. Por sua vez, o saldo de crédito a pessoas físicas alcançou variação positiva de 1,7% (R$2,2 trilhões) e a carteira de pessoas jurídicas apresentou expansão de 1,0% (R$1,7 trilhão) na mesma base de comparação frente ao mês imediatamente anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado (outubro de 2019), o saldo total de crédito obteve incremento de 14,5%.

                          A carteira de crédito com recursos livres registrou R$2,2 trilhões, com acréscimo de 1,4% em relação ao mês anterior, e expansão de 16,3% quando comparado com outubro de 2019. A parcela destas operações realizadas junto a pessoas físicas ficou em R$1,2 trilhão, aferindo expansão de 1,9% em relação ao mês imediatamente anterior e crescimento de 9,3% quando comparado com o mês de outubro de 2019. Para as operações junto a pessoas jurídicas aferiu-se um montante da ordem de R$1,0 trilhão, crescimento de 0,8% em relação ao mês anterior, e variação positiva de 25,2% na comparação com o mesmo período de 2019. 

                          O estoque de crédito com recursos direcionados registrou valor de R$1,6 trilhão em outubro de 2020, em termos nominais, indicando expansão de 12,3% frente ao mesmo mês do ano passado e variação positiva de 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior. O saldo referente as pessoas físicas registrado foi de R$982,2 bilhões, incremento de 10,4% quando comparado ao mês de outubro de 2019. O saldo relativo a pessoas jurídicas foi de R$664,3 bilhões, havendo um acréscimo de 15,2% quando comparado com o mesmo mês do ano anterior.  

                          No mês de outubro de 2020, foram concedidos R$352,6 bilhões em novas operações de crédito, apresentando variação positiva de 0,3% frente ao montante de R$351,4 bilhões observado em outubro de 2019. Deste volume apresentado em outubro de 2020, R$309,3 bilhões foram originados de recursos livres e R$43,3 bilhões de recursos direcionados, o que representou, quando comparados ao mesmo mês do ano anterior, retração de 2,5% para recursos livres e incremento de 26,6% para recursos direcionados, respectivamente.

                          Para as concessões de crédito às pessoas físicas a partir de recursos livres, destacaram-se as operações de crédito rotativo (R$119,2 bilhões), cartão de crédito (R$111,6 bilhões), crédito não rotativo (R$49,5 bilhões), crédito pessoal (R$34,2 bilhões) e cheque especial (R$25,4 bilhões). Quanto as pessoas jurídicas, as principais modalidades ficaram para desconto de duplicatas (R$33,4 bilhões), capital de giro (R$31,4 bilhões), cheque especial (R$12,0 bilhões), conta garantida (R$9,4 bilhões) e cartão de crédito (R$6,5 bilhões). 

                          Nas novas concessões de crédito realizadas com recursos direcionados destacaram-se, para pessoas físicas, as modalidades de financiamento imobiliário (R$13,1 bilhões), crédito rural (R$11,2 bilhões), BNDES (R$2,2 bilhão) e microcrédito (R$1,3 bilhão). De outra forma, para as empresas, as principais modalidades ficaram com o crédito rural (R$3,4 bilhões), BNDES (R$2,6 bilhões) e financiamentos imobiliários (R$831,0 milhões). 

                          Setores. Considerando o saldo total de crédito do sistema financeiro nacional, por atividade econômica, a carteira de operações para o setor de serviços registrou R$962,2 bilhões, acréscimo nominal de 22,8% frente a outubro de 2019, com as maiores expansões registradas em: demais serviços prestados às empresas (48,9%), comércio atacado - bens duráveis e não duráveis (41,8%), outros serviços (41,8%), comércio varejo – bens não-duráveis (39,2%), demais serviços prestados às famílias (38,9%), comércio geral – bens intermediários (30,5%), comércio (30,2%), transporte via terrestre (27,6%) e transporte (24,0%). 

                          Para o setor da indústria aferiu-se valor de R$707,9 bilhões, variação positiva de 16,4% frente ao mesmo mês do ano anterior. O setor agropecuário registrou crédito de R$30,8 bilhões, variação positiva de 16,9% em termos nominais, quando comparado ao registrado no mês de outubro de 2019. 

                          Analisando a distribuição de crédito do sistema financeiro nacional por controle de capital, temos que as instituições financeiras públicas emprestaram R$1,770 trilhão, representando 45,7% do volume de crédito, as instituições financeiras privadas nacionais concederam R$1,392 trilhão, representando 36,0%, e as instituições financeiras estrangeiras contribuíram com R$708,4 bilhões, representando por sua vez 18,3% do volume total de crédito no sistema financeiro.

                          Juros e Inadimplência. A taxa média de juros das operações contratadas em outubro alcançou 18,7% a.a., variação de 0,7 p.p. no mês e declínio de 8,8 p.p. em doze meses. O spread geral das taxas de concessões situou-se em 14,6 p.p., o que representou variações de 0,3 p.p. e de -4,1 p.p., nas mesmas bases de comparação.   

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