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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 08/01/2021

                          Uma nova fase

                          O desempenho da indústria no final de 2020 sugere que o setor entra em uma nova fase de crescimento: o nível de produção já superou o tombo de mar-abr/20 devido à Covid-19 e manteve-se o ritmo de dinamismo nos últimos meses. A sustentabilidade e vigor deste processo, contudo, ainda não estão totalmente definidos.

                          Em out/20 registrou +1,1% ante o mês anterior e em nov/20, segundo os dados de hoje do IBGE, cresceu +1,2%, sempre com ajuste sazonal. Embora resultados em torno de +1% não sejam dos mais entusiasmantes, se mostram favoráveis em um contexto ainda de pandemia. Além disso, o fato de não ter havido, por ora, muita oscilação é outro aspecto benéfico.

                          Também conta positivamente a amplitude setorial com que vem ocorrendo o crescimento. Em out/20, dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE 15 tinham conseguido ficar no azul, isto é, uma proporção de 58%, que subiu para 65% em nov/20, quando 17 ramos registraram aumento de produção. Todos os macrossetores evitaram o terreno negativo em nov/20, como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir.

                               •  Indústria geral: +2,8% em set/20; +1,1% em out/20 e +1,2% em nov/20;

                               •  Bens de capital: +8,6%; +7,4% e +7,4%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +1,2%; -0,4% e +0,1%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +9,3%; +2,2% e +6,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +3,8%; -0,1% e +1,5%, respectivamente.

                          Com esses resultados, o número de ramos industriais que permanecem com um nível de produção inferior àquele de fev/20, ou seja, de antes do choque da Covid-19, também se reduziu. Passou de 42% para 34,6% de out/20 para nov/20.

                          Frente ao mesmo período do ano anterior, já são três meses seguidos sem queda. Agora em nov/20, a indústria registrou +2,8%, com destaque para bens de capital, com +12,8%, especialmente daqueles para a agricultura e para a construção. Muito disso, porém, deve-se a bases de comparação baixas, devido à crise econômica argentina e às tensões comerciais mundiais no final de 2019. 

                          Mas nem tudo são sinais favoráveis. Dois dados são importantes de serem destacados. O primeiro deles diz respeito à virtual estagnação da indústria de bens intermediários, a despeito de várias notícias sobre a demanda aquecida por certos insumos a ponto de ocasionar rupturas nas cadeias de fornecimento. 

                          Como os bens intermediários formam o núcleo do sistema industrial, seus resultados de -0,4% em out/20 e de +0,1% em nov/20 na série com ajuste, embora estejam apenas 2,7% acima do nível pré-pandemia de fev/20, não é um quadro muito auspicioso para a indústria como um todo.

                          O segundo dado a ser destacado é que a indústria continua 14% abaixo de sua melhor marca em mai/11. Esta é uma informação importante pois nos lembra que a crise da Covid-19 veio se sobrepor a outro período de grave crise em 2014-2016, cuja recuperação em 2017-2019 foi extremamente parcial. É este o tamanho do desafio que temos que começar a enfrentar agora em 2021.

                          Como destacado em Análises anteriores, haverá ainda alguns obstáculos a serem superados em 2021. Destacam-se: o fim das medidas emergenciais de combate aos efeitos econômicos da pandemia com a virada do ano, a evolução do desemprego e as dúvidas a respeito da celeridade da vacinação contra Covid-19. Estes são fatores que podem levar a uma importante acomodação no dinamismo econômico. 

                          É o caso também do resgate da agenda de reformas estruturais, como a tributária, sem as quais a competitividade e as condições de crescimento de longo prazo da indústria ficam comprometidas.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de novembro de 2020 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 1,2% frente ao mês de outubro, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses registrou-se variação negativa de 5,2%, e para o acumulado do ano houve retração de 5,5%. Em comparação a novembro de 2019, aferiu-se crescimento de 2,8%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, todos os cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens de capital (7,4%), bens duráveis (6,2%), bens de consumo (2,1%), bens semiduráveis e não duráveis (1,5%) e bens intermediários (0,1%).

                          No resultado observado na comparação com o mês de novembro de 2019, três dos cinco segmentos pesquisados apresentaram variações positivas: bens de capital (12,8%), bens intermediários (3,6%) e bens duráveis (2,7%). Por outro lado, apresentaram decréscimos os dois segmentos analisados restantes: bens semiduráveis e não duráveis (-0,9%) e bens de consumo (-0,1%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-20,5%), bens de capital (-12,6%), bens de consumo (-9,1%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,9%) e bens intermediários (-1,9%).

                          Setores. Na comparação com setembro de 2020, houve variação positiva no nível de produção para 17 dos 26 ramos pesquisados segundo dados livres de influência sazonal. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (42,9%), outros equipamentos de transporte (12,8%), confecção e artigos de vestuário e acessórios (11,3%), veículos automotores, reboques e carrocerias (11,1%), couro, artigos de viagem e calçados (7,9%), outros produtos químicos (5,9%), máquinas e equipamentos (4,1%), bebidas (3,1%), produtos de metal (3,0%), produtos diversos (2,3%) e produtos têxteis (2,3%). 

                          Por outro lado, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,8%), produtos do fumo (-3,6%), produtos alimentícios (-3,1%), indústrias extrativas (-2,4%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,3%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 6 dos 26 ramos analisados: produtos do fumo (8,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%), produtos alimentícios (4,7%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (2,9%), celulose, papel e produtos de papel (1,3%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (1,1%). 

                          Em sentido oposto, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: impressão e reprodução de gravações (-36,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,5%), outros equipamentos de transporte (-30,2%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-26,2%), couro, artigos de viagem e calçados (-21,5%) e produtos diversos (-17,6%). 

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                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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