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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 10/02/2021

                          Perda de tração no final de 2020

                          As vendas do comércio varejista encerraram o ano de 2020 com novas perdas e, pior do que isso, em uma intensidade recorde para o mês de dezembro. Registraram -6,1% frente a nov/20, descontada a inflação e com ajuste sazonal. Em seu conceito ampliado, que incluem as vendas de veículos, autopeças e material de construção, o setor ficou igualmente no vermelho: -3,7%. Vale lembrar que nov/20 o desempenho já havia sido ruim.

                          Na origem desta evolução estão a deterioração do quadro sanitário no final do ano passado, a redução do auxílio emergencial pago às famílias e a perspectiva de seu fim em 2021 e a aceleração da inflação, que atingiu sobretudo os produtos alimentícios. Nada disso traz bons sinais para a indústria, já que o varejo é um importante canal de escoamento da produção nacional.

                          Com tamanha perda de tração, a performance bastante positiva, estimulada pelo auxílio emergencial, refluiu em direção à estabilidade na comparação com 2019, passando de +8,6% em out/20 para +3,6% em nov/20 e finalmente para apenas +1,2% em dez/20 (+6,1%; +4,2% e +2,6% no caso do varejo ampliado). 

                          Apesar disso, o 4º trim/20 foi de expansão nas vendas, como mostram as variações interanuais a seguir. No varejo restrito houve alguma desaceleração, mas no varejo ampliado o quadro foi de resiliência, em boa medida devido à reação das vendas de veículos.

                               •  Varejo restrito: +1,6% no 1º trim/20; -8,0% no 2º trim/20; +6,3% no 3º trim/20 e +4,1% no 4º trim/20;

                               •  Varejo ampliado: 0,0%; -15,3%; +4,2% e +4,2%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: +4,0%; +6,8%; +5,7% e +3,0%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -12,4%; -61,1%; -15,3% e -6,2%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +3,6%; -6,4%; +30,4% e +13,2%;

                               •  Veículos e autopeças: -3,7%; -40,4%; -9,6% e -1,2%;

                               •  Material de construção: -2,3%; -1,6%; +26,0% e +19,0%, respectivamente.

                          Mesmo com as evidências mais recentes de menor dinamismo, as perdas do comércio com a Covid-19 ficaram muito restringidas ao 2º trim/20, quando existiam restrições mais rígidas de mobilidade e ainda não estavam presentes plenamente as medidas emergenciais. Assim, diferentemente da indústria, o desempenho do varejo foi positivo no acumulado de 2020: +1,2% frente a jan-dez/19.

                          Nem todos os seus segmentos, porém, conseguiram este feito, daí o varejo ampliado ter acumulado -1,5% no ano. Dos 10 ramos acompanhados pelo IBGE, 5 apresentaram declínio das vendas reais em 2020, sendo que nenhum deles conseguiu voltar ao azul no quarto trimestre, mesmo que para alguns tenha ocorrido certa amenização das quedas.

                          Todos estes que não se salvaram do quadro pandêmico ou estão diretamente relacionados à mobilidade e vida social e/ou seus mercados demandam confiança em relação ao futuro, pois as vendas geralmente exigem endividamento dos seus consumidores. Combustíveis e veículos e autopeças recuaram -9,7% e -13,7%, respectivamente. Equipamentos de escritório, informática e comunicação registrou -16,2%. Destes, apenas o segmento de veículos voltou a crescer nos últimos meses do ano, levando a apenas -1,1% a queda no 4º trim/20.

                          Tecidos, vestuário e calçados, cuja experiência de compra ainda coloca desafios às vendas online e com demanda já muito desmotivada pelo isolamento social, recuou -22,7% em jan-dez/20. No 4º trim/20, o nível de queda continuou expressivo (-6,2%). Por fim, livros, jornais, revista e papelaria é um ramo que tem passado por fortes transformações devido à digitalização, levando sua contração para -30,6% em 2020, sem nenhuma melhora no final do ano.

                          Entre aqueles que reagiram estão segmentos que vendem produtos essenciais, como artigos farmacêuticos, médicos, perfumaria e cosméticos, com alta de +8,3% em 2020, e supermercados, alimentos, bebidas e fumo, com avanço de +4,8% no acumulado do ano passado. 

                          Ambos foram favorecidos pelo auxílio emergencial, já que pesam mais na cesta de consumo da população de baixa renda. No último caso, porém, a aceleração da inflação trouxe acomodação no final de 2020, registrando apenas +1% em nov-dez/20 frente ao mesmo período do ano anterior.

                          Além destes, também aumentaram suas vendas em 2020 os segmentos com produtos voltados ao ambiente doméstico, uma consequência do isolamento social. Material de construção cresceu +10,8% no ano, avançando ainda mais no 4º trim/20 (+18,9%). O mesmo ocorreu com móveis e eletrodomésticos: +10,6% em jan-dez/20 e +13,2% no 4º trim/20. Nestes casos, os níveis baixos de juros também funcionam como alavanca das vendas.

                          Por fim, artigos de uso pessoal e doméstico foi outro segmento a ter aumento de vendas em 2020, de +2,5%, com reforço no último trimestre (+10,9%). Contudo, dez/20 não trouxe bons indícios ao registrar apenas +1,2% ante dez/19 e -13,8% em relação a nov/20, com ajuste sazonal. 

                          A partir dos dados de dezembro de 2020 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou retração de 6,1% frente ao mês imediatamente anterior na série com ajuste sazonal. Em comparação com o mês de dezembro de 2019, houve incremento de 1,2%. Para o acumulado dos últimos doze meses, bem como para o acumulado no ano, aferiu-se expansão de 1,2%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 3,7% em relação a novembro de 2020, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de dezembro de 2019, houve acréscimo de 2,6%. Para o acumulado nos últimos 12 meses e para o acumulado no ano verificou-se queda de 1,5%.

                          A partir de dados dessazonalizados, todos os setores analisados registraram variações negativas em comparação ao mês imediatamente anterior: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-13,8%), tecidos, vestuário e calçados (-13,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,8%), móveis e eletrodomésticos (-3,7%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,6%), combustíveis e lubrificantes (-1,5%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,3%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se retração de 3,7%, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 2,6%, enquanto em material de construção houve decréscimo de 1,8%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (dezembro de 2019), registrou-se expansão em quatro das oito atividades analisadas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,8%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5%), móveis e eletrodomésticos (2,9%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%). Por outro lado, houve queda nos quatro setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-37,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,2%), tecidos, vestuário e calçados (-9,9%) e combustíveis e lubrificantes (-6,5%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação positiva de 2,6%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou expansão de 1,7% e o setor de material de construção obteve incremento de 18,8%.

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-dezembro de 2020), aferiu-se acréscimo de 1,2% no comércio varejista, com crescimentos em quatro dos oito segmentos analisados: móveis e eletrodomésticos (10,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (8,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,8%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram decréscimos: livros, jornais, revistas e papelaria (-30,6%), tecidos, vestuário e calçados (-22,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-16,2%) e combustíveis e lubrificantes (-9,7%). Para o comércio varejista ampliado houve variação negativa de 1,5% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou queda de 13,7% e em material de construção houve expansão de 10,8%. 

                          Por fim, comparando dezembro de 2020 com o mesmo mês do ano anterior, 19 das 27 unidades federativas apresentaram crescimentos no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Acre (20,4%), Pará (16,9%), Piauí (14,8%), Rondônia (14,6%), Maranhão (13,6%), Amapá (10,8%), Pernambuco (10,4%) e Amazonas (10,0%). Por outro lado, 8 das unidades federativas apresentaram decréscimos, sendo elas: Tocantins (-6,4%), Goiás (-5,5%), Paraíba (-5,0%), Distrito Federal (-3,0%), Rio Grane do Sul (-2,3%), Paraná (-1,1%), Bahia (-0,5%) e Rio Grande do Norte (-0,2%)

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