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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 04/03/2022

                          Crescimento, mas não sem obstáculos

                          Voltamos a crescer em 2021, como veio confirmar hoje o IBGE, com a divulgação das contas nacionais para o quarto trimestre do ano passado. O PIB do país avançou +4,6%, compensando, assim, a perda de -3,9% em 2020 provocada pela Covid-19. Nem por isso, podemos considerar superados todos os efeitos adversos da pandemia. 

                          As cicatrizes ainda são muitas, a exemplo da taxa de desemprego de dois dígitos, gargalos nas cadeias de fornecedores, aceleração da inflação e queda do poder de compra da população. Obstáculos adicionais também marcaram 2021 e podem não deixar 2022 ileso, como a crise hídrica e tensões políticas internas e externas.

                          Ocultados pelo resultado agregado do PIB de 2021 como um todo, estes fatores condicionaram uma evolução ao longo do ano passado não tão favorável como parece à primeira vista. Para nos mantermos aos dados gerais de hoje, cabe observar que o resultado no 4º trim/21 indica um nível de atividade bem menor: +1,6% ante o 4º trim/20 e apenas +0,5% ante o 3ºtrim/21, já descontados os efeitos sazonais.

                               •  PIB total: +1,3% no 1º trim/21; +12,3% no 2º trim/21; +4,0% no 3º trim/21 e +1,6% no 4º trim/21;

                               •  PIB da agropecuária: +6,5%; +0,1%; -9,0% e -0,8%, respectivamente;

                               •  PIB da indústria: +3,3%; +16,6%; +1,3% e -1,3%;

                               •  PIB de serviços: -0,7%; +11,0%; +5,8% e +3,3%, respectivamente. 

                          Findado o período de baixas bases de comparação, foi ficando mais difícil mostrar um desempenho robusto. Tanto é que as projeções para o PIB de 2022 apontam para um quadro de virtual estagnação, com uma variação de mero +0,3%, de acordo tanto com o FMI quanto com o último levantamento do Boletim Focus do BCB.

                          Apesar de fraca, a variação de +0,5% na série com ajuste sazonal no 4º trim/21 recompôs o dinamismo do PIB brasileiro, que nos dois trimestres anteriores tinha ficado no vermelho: -0,3% no 2º trim/21 e -0,1% no 3º trim/21. Ao fim e ao cabo, contudo, ficamos no “zero a zero”.

                          A desaceleração do consumo das famílias e do consumo do governo em comparação com o terceiro trimestre e nova contribuição negativa do setor externo frearam o ritmo de crescimento no final do ano passado, tanto na série com ajuste sazonal como na comparação interanual.

                          Do lado da oferta, a única contribuição positiva no 4º trim/21 veio do setor de serviços, cujas atividades puderam avançar em sua normalização com a ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, acumulando alta de +4,7% em 2021. Também foi o único a ficar no positivo ao longo de todo o ano passado na série com ajuste sazonal.

                          A indústria, a seu turno, foi quem pior se saiu em 2021, especialmente a indústria de transformação, que, trimestre após trimestre, já descontados os efeitos sazonais, não registrou uma variação positiva sequer e em comparação com o 4º trim/20 foi responsável pela queda mais intensa entre os setores do PIB: -6,9%.

                          O setor industrial, ao demandar um amplo conjunto de insumos, partes e componentes para produzir, esteve mais exposto aos problemas de ruptura das cadeias produtivas. Além disso, também sofreu pressão de custos diretos e indiretos, entre outros fatores, pelo aumento do preço de combustíveis e da energia elétrica, além de restrições da demanda, pela queda do poder de compra e recomposição dos serviços nas cestas de consumo da população.

                          Assim, muito do resultado de +4,5% em 2021 como um todo para a indústria de transformação se deve a bases deprimidas de comparação, o que também vale para a indústria total. Neste último caso, vale mencionar ainda a contribuição positiva da construção, que registrou crescimento em todas as comparações, acumulado +9,7% no ano.

                          Quanto à agropecuária, 2021 não foi um ano de expansão, variando -0,2%, devido à estiagem prolongada e geadas, com perdas em cana-de-açúcar, milho e café, como menciona o IBGE. No último trimestre do ano, recuou -0,8% ante o mesmo período de 2020 e a alta de +5,8% na série com ajuste se deu após dois trimestres de declínio, de modo que terminou o ano 4,8% aquém do 1º trim/21.

                          Nos serviços, o PIB total do setor foi puxado principalmente pelos serviços de informação e comunicação (+12,3% em 2021), que como sabemos se mantiveram bastante ativos ao longo da pandemia, e por transportes (+11,4%), cuja recuperação foi mais recente do que em outras atividades. O comércio (+5,5%) cresceu mais do que o total de serviços em 2021, mas encerrou o ano no vermelho (-2,9% ante 4º trim/20 e -2,0% frente ao 3º trim/21 com ajuste).

                          Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou R$ 2,257 trilhões a preços correntes no quarto trimestre de 2021, apresentando variação positiva de 0,5% na comparação com o trimestre anterior na série dessazonalizada. O PIB em valores correntes totalizou R$ 8,7 trilhões em 2021. Com relação ao quarto trimestre de 2020, houve variação positiva de 1,6%. No acumulado do ano o PIB apresentou variação positiva de 4,6%.

                          Ótica da oferta. Frente ao trimestre imediatamente anterior (terceiro trimestre de 2021), a partir de dados dessazonalizados, houve crescimento de 5,8% no setor agropecuário e de 0,5% no setor de serviços, enquanto que no setor da indústria observou-se variação negativa de 1,2%. 

                          Para os subsetores da indústria, na mesma base de comparação, o subsetor de construção (1,5%) apresentou variação positiva. Os três subsetores restantes registraram variação negativa: indústrias de transformação (-2,5%), indústrias extrativas (-2,4%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (-0,2%). 

                          Nos subsetores de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, seis subsetores apresentaram variação positiva: outras atividades de serviços (2,1%), informação e comunicação (3,4%), transporte, armazenagem e correio (2,6%), administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social apresentou estabilidade (1,0%). Em sentido oposto, dois subsetores reapresentaram variação negativa: comércio (-2,0%) e atividades imobiliárias (-0,4%). O segmento de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados apresentou estabilidade (0,0%) nessa base de comparação. 

                          No comparativo com o mesmo trimestre do ano anterior (out-nov-dez 2020), o setor agropecuário apresentou variação negativa de 0,8%, o setor da indústria registrou retração de 1,3% e o setor de serviços obteve crescimento de 3,3%.

                          Para os componentes do setor industrial, frente ao mesmo trimestre do ano anterior, houve variação positiva nos setores de produção e distribuição de eletricidade, gás e água (0,7%), na construção (12,2%) e nas indústrias extrativas (4,5%). Por outro lado, as indústrias de transformação apresentaram variação negativa de 6,9%. 

                          No setor de serviços apresentaram incremento os segmentos de informação e comunicação (13,8%), outras atividades de serviços (9,7%), transporte, armazenagem e correio (9,3%), administração, saúde e educação públicas (2,0%) e atividades imobiliárias (0,2%). Os segmentos de comércio (-2,9%) e de atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (-0,4%) apresentaram variação negativa nessa base de comparação.

                          Para a taxa acumulada no ano (em relação ao mesmo período do ano anterior), o setor agropecuário apresentou retração de 0,2%, enquanto observou-se expansão no setor da indústria (4,5%) e no setor de serviços (4,7%). 

                          Considerando os componentes do setor industrial, as três contribuições positivas deram-se por conta das indústrias de transformação (4,5%), construção (9,7%) e as indústrias extrativas (3,0%). Ainda nessa base de comparação, o segmento de produção e distribuição de eletricidade, gás e água apresentou retração (-0,1%).

                          No acumulado do ano, todos os segmentos do setor de serviços apresentaram variação positiva: informação e comunicação (12,3%), transporte, armazenagem e correio (11,4%), outras atividades de serviços (7,6%), comércio (5,5%), atividades imobiliárias (2,2%), administração, saúde e educação públicas (1,5%) e atividades financeiras de seguros e serviços relacionados (0,7%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao trimestre imediatamente anterior (3º trimestre de 2021), para dados com ajuste sazonal, as seguintes categorias apresentaram expansão: consumo do governo (3,5%), consumo das famílias (0,7%), importações de bens e serviços (0,5%) e formação bruta de capital fixo (0,4%). A categoria de exportações de bens e serviços apresentou variação negativa de -2,4%. 

                          Na comparação com o quarto trimestre de 2021, houve acréscimo em todas as categorias: importações de bens e serviços (3,7%), formação bruta de capital fixo (3,4%), exportações de bens e serviços (3,3%), consumo do governo (2,8%) e consumo das famílias (2,1%). 

                          Por fim, na comparação da taxa acumulada no ano (em relação ao mesmo período do ano anterior), todas categorias também apresentaram variação positiva: formação bruta de capital fixo (17,2%), importações de bens e serviços apresentou (12,4%) e exportação de bens e serviços (5,8%), consumo das famílias (3,6%) e consumo do governo (2,0%). 

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