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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 10/08/2022

                          Sem avanços

                          O comércio varejista, assim como a indústria, encerrou a primeira metade de 2022 sem crescimento. As vendas reais do setor recuaram -2,3% em jun/22 frente ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, e -3,1% em comparação ao mesmo mês do ano passado, quando considerados os ramos de material de construção, veículos e autopeças. Em seu conceito restrito, os resultados foram -1,4% e -0,3%, respectivamente.

                          Em tempos de desemprego ainda elevado, inflação de dois dígitos e aumento dos juros, as famílias adiam o consumo do que podem. Os candidatos mais frequentes a “variáveis de ajuste” são os bens de consumo duráveis, que representam um gasto expressivo frente ao rendimento da maioria das famílias. A recomposição do consumo de serviços dos mais ricos, com o controle da pandemia, também tende a enfraquecer a demanda por estes bens.

                          Por outro lado, embora os preços de combustíveis e alimentos estejam entre os que mais subiram, por serem bens essenciais, há limites para a compressão de seu consumo e, bem ou mal, suas vendas reais no varejo preservaram certo dinamismo, sobretudo no segundo trimestre do ano.

                          Assim, no acumulado do primeiro semestre do ano, em seu conceito ampliado, o varejo ficou praticamente estável, variando apenas +0,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Ou seja, “andou de lado”, depois de ter contraído -1,7% na segunda metade de 2021.

                          Diferentemente da indústria, entretanto, o 2º trim/22 não trouxe melhoras, como mostram as variações interanuais a seguir. A expansão de +1,4% em jan-mar/22 se reverteu em queda de -0,8% em abr-jun/22, devido a veículos, autopeças e material de construção. Tomado em seu conceito restrito, em que estes ramos não são incluídos, o setor cresceu, mas manteve-se no mesmo ritmo do 1º trim/22.

                               •  Varejo ampliado: +1,4% no 1º trim/22; -0,8% no 2º trim/22 e +0,3% em jan-jun/22;

                               •  Varejo restrito: +1,6%; +1,3% e +1,4%, respectivamente;

                               •  Combustíveis e lubrificantes: +1,7%; +8,2% e +5,0%; 

                               •  Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -0,9%; +1,7% e +0,4%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -6,3%; -12,1% e -9,3%;

                               •  Veículos e autopeças: +3,9%; -2,7% e +0,4%;

                               •  Material de construção: -4,8%; -9,6% e -7,3%, respectivamente.

                          Entre os principais obstáculos para um dinamismo superior do varejo ficaram os ramos de móveis e eletrodomésticos, com perda de -9,3% no acumulado jan-jun/22, e material de construção, com -7,3%. Ambos viram deterioração no 2º trim/22: -12,1% no primeiro caso e -9,6% no segundo caso. 

                          O mesmo ocorreu com outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as lojas de departamento e produtos que, em alguma medida, também são vendidos a crédito. Neste caso o recuo das vendas foi de -2,8% em jan-jun/22 e -6,1% no 2º trim/22, sempre frente ao mesmo período do ano anterior.

                          Dois outros ramos de bens de consumo duráveis ficaram virtualmente estagnados nesta primeira metade do ano: veículos e autopeças, com +0,4%, e equipamentos de escritório, informática e comunicação, com +0,7%. No primeiro caso, o 2º trim/22 trouxe novas perdas, de -2,7%, mas no segundo caso houve progressos (+1,1%), provavelmente favorecido pelo retorno das atividades profissionais presenciais.

                          A melhora do quadro da pandemia e a normalização das atividades também favoreceram o ramo de tecidos, vestuário e calçados, cujas vendas ainda dependem muito da presença física dos consumidores. Este é um dos ramos que melhor se saiu na primeira metade do ano, registrando +17,2%. A volta às aulas presenciais também pode ter ajudado as vendas de livros, papelaria, revistas e jornais (+18,4%).

                          Por sua vez, supermercados, alimentos, bebidas e fumo pouco variaram suas vendas em termos reais: +0,4% em jan-jun/22, embora seu faturamento nominal tenha avançado +13,7%, como consequência do aumento de preços. Combustíveis e lubrificantes cresceram mais em volume (+5,0%), dado a volta de atividades presenciais, mas suas vendas nominais devido à inflação subiram +39,2% em jan-jun/22, retirando recursos que poderiam ter sido dispendidos em outros ramos do varejo.

                          Segundo os dados de junho de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou diminuição de -1,4% frente ao mês imediatamente anterior (maio/2022) na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de junho de 2021, houve uma queda de -0,3%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se retração de -0,9%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de -2,3% frente a maio de 2022, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de junho de 2021, houve variação de -3,1%. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se queda de -0,8%.

                          A partir de dados dessazonalizados, no mês de junho de 2022 frente ao mês imediatamente anterior (maio/2022), um dos oito setores analisados apresentou expansão: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,3%). Os demais setores registraram variação negativa nessa base de comparação: tecidos, vestuário e calçados (-5,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-3,8%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,3%), combustíveis e lubrificantes (-1,1%), móveis e eletrodomésticos (-0,7%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,5%). Para o comércio varejista ampliado, ambas as atividades apresentaram resultados negativos: veículos e motos, partes e peças (-4,1%) e material de construção (-1,0%). 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (junho de 2021), houve crescimento em seis dos oito segmentos analisados: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (11,0%), combustíveis e lubrificantes (7,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (2,6%); tecidos, vestuário e calçados (2,2%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,5%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%). Os dois setores restantes apresentaram queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-11,4%) e móveis e eletrodomésticos (-14,7%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de material de construção apresentou decréscimo de -11,4%, enquanto o setor de veículos e motos, partes e peças recuou -7,1%.

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-junho), houve crescimento seis dos oito setores do varejo restrito: livros, jornais, revistas e papelaria (18,3%), tecidos, vestuário e calçados (17,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (8,5%), combustíveis e lubrificantes (5,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (0,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,4%). Em sentido oposto, nos dois setores restantes houve queda: móveis e eletrodomésticos (-9,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-7,3%). No varejo ampliado, o setor veículos, motos, partes e peças cresceu 0,4% e a categoria material de construção caiu -7,3%.

                          Por fim, comparando junho de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (junho/2021), 14 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Roraima (13,3%), Alagoas (11,4%), Mato Grosso do Sul (9,5%), Rio Grande do Sul (7,1%) e Mato Grosso (5,8%). Por sua vez, apresentaram decréscimos no volume de vendas do comércio varejista as treze unidades federativas restantes, sendo as maiores observadas em: Bahia (-5,3%), Goiás (-3,8%), Acre (-3,6%), Amazonas (-3,1%) e Rondônia (2,9%).

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