• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 31/08/2022

                          O emprego sob duas perspectivas

                          Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram que a redução do desemprego vem tendo continuidade. A taxa de desocupação não apresenta mais dois dígitos, ficando em 9,1% no trimestre findo em jul/22, o que a coloca em um patamar abaixo daquele do pré-pandemia. Entretanto, os avanços recentes, para além da Covid-19, inda não fazem frente aos efeitos negativos da crise econômica de 2015-2016.

                          É na evolução recente que se concentram as boas notícias. O número total de ocupados cresceu +8,8% entre os trimestres findos em jul/21 e jul/22, enquanto o contingente de desempregados recuou -31,4%. Neste mesmo período, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas caiu -17,1% e o número de desalentados, -19,8%.

                          Como mostram as variações interanuais a seguir, o trabalho com carteira assinada registrou pela segunda vez uma taxa de crescimento robusta, ainda que inferior a tipos informais de contratação, como o trabalho sem carteira. 

                               •  Ocupação total: +9,4% em nov/21-jan/22; +10,3% em fev-abr/22; +8,8% em mai-jul/22;

                               •  Trabalho com carteira assinada: +9,3%; +11,6% e +10,0%, respectivamente;

                               •  Trabalho sem carteira assinada: +19,8%; +20,8% e +19,8%;

                               •  Trabalho doméstico: +19,9%; +22,6% e +14,1%;

                               •  Ocupação por conta própria: +10,3%; +7,2% e +3,5%, respectivamente.

                          A indústria, por sua vez, segue ampliando seus empregados, com alta de +8,2% no trimestre findo em jul/22, representando 965 mil postos ocupados a mais do que em igual período do ano anterior. Este contingente representou 12,5% do total do aumento da ocupação no período e ficou atrás apenas de dois setores: comércio e reparação de veículos (+2,2 milhões de ocupados) e administração pública, defesa e serviços sociais (+1,1 milhão).

                          A indústria, ao lado da maioria das atividades ficou no grupo daqueles que conseguiram manter o ritmo de expansão do emprego nesta entrada do segundo semestre de 2022. As exceções neste processo couberam à construção (de +14,6% em fev-abr/22 para +7,4% em mai-jul/22) e à agropecuária (de +0,6% para -1,8%). Em alojamento e alimentação (de +29,2% para +19,7%) e serviços domésticos (de +22,6% para +13,8%) a acomodação não comprometeu o forte crescimento.

                          Estes resultados nos últimos meses, entretanto, ficaram longe de compensar o impacto negativo da crise de 2015-2016. Tanto é que a atual taxa de desocupação ainda está bem acima daquela de 2014 (7,0% em mai-jul/14). Agora no trimestre findo em jul/22, o número de desocupados é 43% maior do que aquele do mesmo trimestre de 2014, enquanto o número de ocupados está apenas 7,4% acima.

                          A informalidade elevada continua um problema a ser sanado. Entre os trimestres findos em jul/14 e jul/22, há queda no contingente de ocupados com carteira assinada de -4,8%. Em contrapartida os postos sem carteira assinada ou os conta própria, que incluem os chamados bicos, cresceram +25,3% e +24,4%.

                          Como o IEDI enfatizou em outras ocasiões, a informalidade geralmente vem acompanhada de rendimentos menores e mais irregulares e dificulta ou encarece o acesso das pessoas ao mercado de crédito, o que reduz sua capacidade de consumo e prejudica o dinamismo do mercado doméstico.

                          Outros dados preocupantes: o número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas em jul/22 era 51,7% maior do que em igual trimestre de 2014 e o número dos desalentados, isto é, daqueles que pararam de buscar emprego após repetidos insucessos, praticamente triplicou neste período.

                          Conforme os dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre compreendido entre maio e julho de 2022 registrou 9,1%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/2022), houve retração de 1,4 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior houve variação negativa de 4,6 p.p., quando registrou 13,7%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 2.693, apresentando variação de 2,86% em relação ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/2022). Já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior houve declínio de 2,9%.

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 260,7 bilhões no trimestre que se encerrou em julho, registrando crescimento de 4,8% frente ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/2022) e variação positiva de 6,7% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 245,7 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada registrou 98,7 milhões de pessoas, variação positiva de 2,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior e incremento de 8,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (90,7 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu retração de 12,9%, com 9,9 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior observou-se variação negativa de 31,4%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 108,6 milhões de pessoas, representando variação positiva de 0,6% frente ao trimestre imediatamente anterior e crescimento de 3,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (105,1 milhões de pessoas).

                          Na análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, dez dos agrupamentos analisados, nove apresentaram expansão: Outros serviços (21,3%), Alojamento e alimentação (19,7%), Serviços domésticos (13,8%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (13,2%), Transporte, armazenagem e correios (9,1%), Indústria (8,2%), Construção (7,4%), Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (7,0%), Informação, Comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,8%). Em sentido oposto, Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou retração de -1,8% no período.

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação, seis das sete categorias apresentaram expansão frente ao mesmo trimestre do ano passado: Trabalho privado sem carteira (19,8%), Empregador (16,2%), Trabalho doméstico (14,1%), Trabalho privado com carteira (10,0%), Setor público (5,2%), Trabalhador por conta própria (3,5%). Na mesma base de comparação, a categoria de Trabalho familiar auxiliar apresentou declínio de -9,3%.

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Sem mudança de rota
                          Publicado em: 01/12/2023

                          O ano de 2023 se aproxima do seu fim sem que a indústria tenha registrado uma mudança de rota, voltando a ficar estagnada no mês de outubro.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Serviços - Perda de ritmo
                          Publicado em: 14/11/2023

                          Com bases de comparação mais altas, os serviços vêm apresentando clara desaceleração e em set/23 perdeu faturamento tanto na comparação com ago/23 como ante set/22.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Comércio Varejista - Poucas alavancas de crescimento
                          Publicado em: 08/11/2023

                          Em set/23, as vendas do comércio varejista apresentaram desempenho positivo, mas muito dependente da contribuição de supermercados, alimentos e bebidas.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Expansão nos parques processadores de commodities
                          Publicado em: 08/11/2023

                          A estagnação industrial no 3º trim/23 veio acompanhada de contribuições positivas dos parques com participação importante do processamento de commodities minerais e agropecuárias.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Indústria parada
                          Publicado em: 01/11/2023

                          Com dois terços do ano já cobertos pelas estatísticas do IBGE, pode-se dizer que 2023 vai se firmando como um ano sem dinamismo industrial.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Emprego - Recuo do emprego na maioria dos setores
                          Publicado em: 31/10/2023

                          Embora a taxa de desemprego venha recuando em 2023, o ritmo de criação de novas vagas perdeu muita força e na maioria dos setores deu lugar a variações negativas.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Comércio Varejista - Poucos alicerces para um dinamismo superior
                          Publicado em: 18/10/2023

                          Em ago/23, as vendas do varejo recuaram sob influência de ramos mais dependentes do crédito, embora alimentos e veículos continuem em expansão.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Serviços - Consumo das famílias e a acomodação dos serviços
                          Publicado em: 17/10/2023

                          Em ago/23, o setor de serviços reforçou os sinais de que está em um estágio de dinamismo mais moderado, sob influência do consumo mais fraco das famílias.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - No azul, mas próximo da estabilidade
                          Publicado em: 03/10/2023

                          A indústria, novamente sem se distanciar muito na região de estabilidade, conseguiu crescer em ago/23, mas não o suficiente para compensar a perda do mês anterior.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Emprego - Emprego, rendimento e crédito
                          Publicado em: 29/09/2023

                          A expansão da massa de rendimentos da população é uma boa notícia para a dinamização do mercado interno do país, mas seus efeitos seguem mitigados pelo endividamento das famílias e pelas altas taxas de juros.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Rua Geraldo Flausino Gomes, 42
                          2º andar - Itaim Bibi
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 04575-060

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.