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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 05/10/2022

                          Na gangorra

                          Desde o último mês de maio, a produção industrial do país vem oscilando muito, sem apresentar nenhuma tendência definida. Tudo o que avança em um mês, perde no mês subsequente. É como se o setor não tivesse saído do lugar desde o final do 1º trim/22.

                          É bastante ilustrativa a série de resultado com ajuste sazonal: +0,4% em mai/22; -0,4% em jun/22; +0,6% em jul/22 e -0,6% agora em ago/22, referente ao último dado divulgado hoje pelo IBGE.

                          Desta vez, assim como ocorreu em jul/22, o desempenho do setor como um todo foi muito influenciado por uma pequena parcela de ramos. A alta do mês passado veio de 38% dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE e a queda de ago/22 decorreu de perdas na produção de 31% dos ramos na série com ajuste sazonal.

                          As quedas mais intensas ficaram por conta de têxteis (-4,6% ante jul/22), coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-4,2%), setor extrativo (-3,6%) e alimentos (-2,6%). Assim, os dois macrossetores que lideraram o recuo em ago/22 foram bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis, como mostram a seguir as variações em relação ao mês anterior, com ajuste sazonal.

                               •  Indústria geral: -0,4% em jun/22; +0,6% em jul/22 e -0,6% em ago/22;

                               •  Bens de capital: -1,8%; -3,5% e +5,2%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,7%; +1,8% e -1,4%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +6,1%; -6,7% e +6,1%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: -1,0%; +1,5% e -1,4%, respectivamente.

                          Bens intermediários e bens de consumo, inclusive duráveis, que foram o macrossetor que melhor se saiu em ago/22, também estão na gangorra nos últimos meses. Bens de capital, por sua vez, depois de dois recuos seguidos voltaram a ampliar produção, mas ainda assim ficaram aquém do patamar de mai/22.

                          Apesar desta hesitação toda no desempenho mais de curto prazo, bases baixas de comparação na segunda metade de 2021 e um efeito calendário positivo em ago/22 (um dia útil a mais do que ago/21) ajudaram o setor a registrar, no último mês em tela, crescimento de +2,8% na comparação interanual.

                          Esta foi a primeira alta relevante desde o primeiro semestre de 2021. Além disso, vale lembrar que nos últimos 13 meses houve apenas duas variações positivas. Por isso, no acumulado de jan-ago/22 frente ao mesmo período do ano anterior a indústria como um todo ainda registra declínio de -1,3% e o retorno ao crescimento no bimestre jul-ago/22 (+1,2%), como vimos, deve-se exclusivamente ao mês de agosto.

                          Entre os macrossetores, bens de consumo duráveis concentram muito do recuo no acumulado do ano: -7,2% ante jan-ago/21, com boa sinalização no bimestre jul-ago/22 (+7,0%), devido à ampliação da produção de veículos no mês de agosto último (+19,3% ante ago/21).

                          Para bens de capital, responsáveis pela segunda maior queda em jan-ago/22, de -1,9%, o último bimestre não trouxe muita melhora, já que registrou recuo de -1,2% ante jul-ago/21, mesmo tendo se saído bem em ago/22 (+4,0% ante ago/21).

                          Bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis, a seu turno, registram -1,1% e -0,6% no acumulado do ano, respectivamente, com sinal favorável em jul-ago/22 (+1,2% e +1,0%, respectivamente).

                          Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de agosto de 2022 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria industrial nacional registrou recuo de -0,6% frente ao mês de julho, na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses e no acumulado no ano houve decréscimo de -2,7% e -1,3%, respectivamente. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto de 2021), aferiu-se aumento de 2,8%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (julho/2022), para dados sem influência sazonal, duas das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (6,1%) e bens de capital (5,2%). Os três categorias restantes apresentaram variação negativa: bens de consumo (-1,0%), bens intermediários (-1,4%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,4%).

                          Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto/2021), todas as cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (13,6%), bens de capital (4,0%), bens de consumo (4,0%), bens intermediários (2,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,9%).

                          No índice acumulado no ano de 2022, os cinco segmentos analisados assinalaram resultados negativos: bens duráveis (-7,2%), bens de consumo (-1,9%), bens de capital (-1,2%), bens intermediários (-1,1%) e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,6%).

                          Considerando-se o acumulado em 12 meses, uma das cinco categorias analisadas registrou variação positiva: bens de capital (1,7%). As quatro categorias restantes apresentaram variação negativa no período: bens duráveis (-12,9%), bens de consumo (-5,1%), bens semiduráveis e não duráveis (-3,0%) e bens intermediários (-2,2%). 

                          Setores. Na comparação de agosto de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (agosto de 2021), houve variação positiva no nível de produção de 14 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (19,3%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (17,4%), produtos do fumo (15,4%), outros produtos químicos (10,6%) e artefatos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,7%). Em sentido oposto, as maiores variações negativas nessa base de comparação ficaram por conta dos seguintes setores: produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-6,9%), impressão e reprodução de gravações (-8,5%), produtos têxteis (-10,4%), móveis (-13,8%) e produtos de madeira (-13,8%)

                          Na comparação do acumulado no ano de 2022 (janeiro-agosto), houve aumento da produção em nove dos 26 ramos analisados, com as maiores variações observadas em: coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (9,4%), produtos do fumo (7,2%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (6,7%), bebidas (4,8%) e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,9%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas no período foram: impressão e reprodução de gravações (-8,1%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,1%), produtos têxteis (-13,4%) e móveis (-18,5%).

                          Por fim, na comparação nos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), oito dos 26 ramos analisados apresentaram variação positiva da produção, sendo as mais expressivas observadas nos seguintes segmentos: coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,2%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (5,0%), celulose, papel e produtos de papel (2,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,3%) e outros produtos químicos (1,9%). De outra maneira, as maiores variações negativas foram: artigos do vestuário e acessórios (-9,3%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,8%), produtos têxteis (-14,7%) e móveis (-20,0%).

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