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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 01/11/2022

                          Perdas espalhadas

                          Confirmando o quadro de dinamismo restringido em 2022, a indústria registrou, na passagem de ago/22 para set/22, mais um mês de perda de produção. Já corrigidos os efeitos sazonais, caiu -0,7%, repetindo seu desempenho anterior. Este é um sinal de que a oscilação entre altas e baixas, que vimos na virada do semestre, pode estar dando lugar a uma nova sequência de declínios.

                          Ainda que ago/22 e set/22 tenham registrado quedas de igual intensidade na série com ajuste sazonal, houve piora quanto à amplitude setorial no resultado mais recente. Enquanto em ago/22, 35% dos ramos industriais ficaram no vermelho, agora em set/22, esta parcela saltou para 81%, atingindo 21 dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE.

                          Além disso, entre os que perderam produção, aqueles que se saíram pior do que a indústria geral representaram uma fração de 78% em ago/22 e de 86% em set/22. Neste último mês, os recuos mais intensos ficaram a cargo de produtos de madeira (-8,8%), metalurgia (-7,6%), produtos diversos (-6,1%) e bebidas (-4,6%).

                          Os resultados dos macrossetores industriais também diferenciam os meses de ago/22 e set/22. Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, todos eles ficaram no vermelho neste final de trimestre ante metade deles no mês anterior. Bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis foram os que mais puxaram a indústria geral para baixo.

                               •  Indústria geral: +0,5% em jul/22; -0,7% em ago/22 e -0,7% em set/22;

                               •  Bens de capital: -3,2%; +5,8% e -0,5%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +2,0%; -1,7% e -1,1%;

                               •  Bens de consumo duráveis: -6,8%; +6,2% e -0,2%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +1,9%; -1,9% e -1,4%, respectivamente.

                          Em relação a 2021, entretanto, bases mais modestas de comparação ajudam na obtenção de variações positivas. Assim, depois de quatro trimestres seguidos no vermelho, a produção total da indústria registrou +0,9% em jul-set/22. 

                          Quanto aos macrossetores, apenas um deles ficou acima deste resultado geral: +8,2% em bens de consumo duráveis. Cabe lembrar que esta parcela da indústria recuou intensamente entre meados de 2021 e início de 2022, com quedas de dois dígitos ao longo de todo este período. Agora no 3º trim/22, a alta foi puxada por veículos (+27,1%) e outros equipamentos de transporte (+10,2%).

                          Bens de capital e bens intermediários variaram na mesma magnitude: +0,7% ante jul-set/21. No primeiro caso, os bens de capital para energia, construção e transporte foram os que melhor se saíram. Preocupa, contudo, a produção de bens de capital para a própria indústria, que já acumula cinco trimestres seguidos de recuo. Agora no 3º trim/22 caiu -7,5%. É um sinal ruim para o investimento industrial.

                          Nos intermediários, embora insumos para construção civil, setor têxtil e metalurgia tenham recuado, defensivos agrícolas (+47,3%), celulose (+21%) e, pela primeira vez depois de um longo período, intermediários da indústria automobilística (+17,2%) se saíram bem e puxaram o desempenho do macrossetor como um todo.

                          Por fim, bens de consumo semi e não duráveis praticamente não cresceram ao registrar variação de apenas +0,2% no 3º trim/22, perdendo dinamismo em relação ao trimestre anterior (+1,9%). Os segmentos de bebidas, vestuário, combustíveis e têxteis foram os principais responsáveis pela deterioração.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de setembro de 2022 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou recuo de -0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Para o acumulado em doze meses registrou-se decréscimo de -2,3%. Considerando-se o acumulado no ano, houve uma retração de -1,1%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (setembro de 2021), aferiu-se aumento de 0,4%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (agosto/2022), na série com ajuste sazonal, todas as cinco categorias analisadas apresentaram variação negativa, na seguinte ordem: bens duráveis (-0,2%), bens de capital (-0,5%), bens de consumo (-0,8%), bens intermediários (-1,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,4%).

                          Frente ao mesmo mês do ano anterior (setembro/2021), três das cinco categorias analisadas apresentaram variação positiva: bens duráveis (10,5%), bens de capital (4,6%), bens de consumo (0,7%). Em sentido oposto, as duas categorias restantes apresentaram resultados negativos: bens intermediários (-0,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (-1,4%).

                          Para o índice acumulado no ano de 2022, todos os cinco segmentos assinalaram resultados negativos: bens duráveis (-5,3%), bens de consumo (-1,6%), bens intermediários (-1,0%), bens de consumo semiduráveis e não duráveis (-0,7%) e bens de capital (-0,5%),

                          No acumulado em 12 meses, foi observada variação positiva em bens de capital (0,9%). As demais categorias apresentaram variação negativa: bens duráveis (-10,1%), bens de consumo (-4,2%), bens semiduráveis e não duráveis (-2,6%) e bens intermediários (-1,9%). 

                          Setores. Na comparação de setembro de 2022 frente ao mesmo mês do ano anterior (setembro de 2021), houve variação positiva no nível de produção de 10 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: veículos automotores, reboques e carrocerias (19,3%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (17,4%), produtos do fumo (15,4%), outros produtos químicos (10,6%) e artefatos de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (9,7%). Por sua vez, as maiores variações negativas nessa base de comparação ficaram por conta dos seguintes setores: produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-6,9%), impressão e reprodução de gravações (-8,5%), produtos têxteis (-10,4%), móveis (-13,8%) e produtos de madeira (-13,8%)

                          Na comparação do acumulado no ano de 2022 (janeiro-setembro), a produção industrial apresentou variação positiva em 10 dos 26 ramos analisados, com destaque para os itens de fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (8,9%), fabricação de produtos do fumo (8,8%) e fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (8,3%) e fabricação de bebidas (4,4%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: móveis (-17,9%), têxtis (-13,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,7%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-10,8%) e impressão e reprodução de gravações (-9,9%).

                          Por fim, na comparação nos últimos 12 meses (base últimos doze meses anteriores), a produção industrial apresentou variação positiva em sete dos 26 ramos analisados, sendo as maiores variações observadas nos seguintes segmentos: outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (7,2%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,8%), produtos do fumo (6,2%), celulose, papel e produtos de papel (3,5%) e produtos químicos (2,7%). Em sentido contrário, as maiores variações negativas foram: móveis (-19,3%), produtos têxteis (-15,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-13,0%), produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,8) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-9,8%).

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                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

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                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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