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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 31/08/2023

                          Progressos no emprego

                          Os dados divulgados hoje pelo IBGE, mostra que a taxa de desemprego do país encontra-se no seu nível mais baixo desde o início de 2015, quando a economia brasileira entrou em uma de suas crises mais agudas do período recente. 

                          No trimestre findo em jul/23, a taxa de desemprego foi de 7,9%, mesma marca do último trimestre de 2022, um período do ano que tradicionalmente tende a apresentar menor desemprego, dada a sazonalidade das festas de final de ano e férias.

                          Desde modo, a taxa de desemprego voltou a se aproximar de patamares semelhantes aos verificados no mesmo período de 2012 (7,5%) e 2013 (7,4%), ou seja, antes do impacto negativo da crise de 2015-2016 e da pandemia de Covid-19. Esta é uma boa notícia, mas não é a única.

                          Outro dado positivo a ser destacado é que o emprego formal segue crescendo mais do que a ocupação total e bastante à frente de empregos de menor qualidade, como aqueles sem carteira assinada, por conta própria (que inclui os chamados “bicos”) e o trabalho doméstico.

                          Como mostram as variações interanuais a seguir, no trimestre findo em jul/23 o emprego com carteira assinada (+3,4%) cresceu a um ritmo quase 5 vezes acima da ocupação total (+0,7%) e 3 vezes o emprego sem carteira assinada (+1,2%).

                               •  Ocupação total: +3,4% em nov/22-jan/23; +1,6% em fev-abr/23 e +0,7% em mai-jul/23;

                               •  Emprego com carteira: +6,5%; +4,4% e +3,4%, respectivamente;

                               •  Emprego sem carteira: +5,9%; +2,0% e +1,2%;

                               •  Trabalho doméstico: +4,7%; -1,3% e 0,8%;

                               •  Trabalhador por conta própria: -1,1%; -1,3% e -2,5%, respectivamente.

                          Com este perfil da expansão da ocupação, 2023 tem sido marcado pela redução da informalidade, mesmo que de modo gradual. O IBGE mostra que, se desconsiderarmos o período da pandemia em 2020 e início de 2021, que destruiu com mais intensidade postos informais de trabalho, é a primeira vez desde 2017 que a ocupação informal recua no país.

                          Frente ao mesmo período do ano anterior, o total da população ocupada informalmente recuou -1,0% no trimestre findo em jul/23. A evolução segue na direção correta, pois este tipo de ocupação tende a ter remunerações menores, fluxos de renda irregulares e ausência de mecanismos de proteção social como FGTS e previdência. Tudo isso restringe o dinamismo do consumo.

                          A melhora qualitativa do emprego está associada a um outro dado positivo da pesquisa do IBGE: o rendimento médio e a massa de rendimentos estão em alta. No trimestre findo em jul/23 ante o mesmo período do ano passado, o rendimento médio habitualmente recebido cresceu +9,0% em termos nominais e +5,1%, já descontada a inflação. 

                          A massa de rendimentos, que é a base do consumo interno, subiu +6,2% em termos reais. Este é um fator que poderia estar dinamizando mais nossa economia, não fosse o alto endividamento das famílias e o elevado custo de suas dívidas devido aos patamares expressivos das taxas de juros dos empréstimos. O programa do governo federal de renegociação de dívidas, se bem sucedido, será um mecanismo importante para mudar esta realidade.

                          Cabe observar ainda que, embora o quadro geral seja favorável, há também algumas evoluções que merecem atenção. É notadamente o caso da expressiva desaceleração do aumento de novos postos de trabalho. A população ocupada total reduziu seu ritmo de expansão em mais de 5,5 vezes entre o 4º trim/22 (+3,8% ante o 4º trim/21) e o trimestre findo em jul/23 (+0,7%, como vimos anteriormente).

                          Esta perda de dinamismo está muito concentrada em atividades econômicas mais diretamente impactadas pelas taxas de juros, que seguem bastante elevadas. É o caso da indústria, onde o emprego se expandia a uma taxa de +3,4% no 4º trim/22, mas que agora no trimestre findo em jul/23 variou apenas +0,6%.

                          É também o caso do comércio, cujo aumento do emprego no final do ano passado (+4,0%), se reverteu em nova retração agora em jul/23 (-1,5%), mas também da construção, cujo declínio do número de ocupados ampliou muito sua intensidade neste mesmo período (de -1,3% para -4,1%).

                          Em alta, está o emprego nos setores de serviços, cujos negócios estão mais associados à renda corrente das famílias e podem ter se favorecido da recente desaceleração da inflação. A liderança coube aos serviços de informática, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que, juntos, ampliaram em +5,2% sua ocupação no trimestre findo em jul/23 frente a igual período do ano passado.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 7,9% no trimestre compreendido entre maio e julho de 2023. Em relação ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/23), houve retração de 0,6 p.p., e para o mesmo trimestre do ano passado houve variação negativa de 1,2 p.p., quando registrou 9,1%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 2.935,00 no período, apresentando variação de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/23), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano passado houve aumento de 5,1%.

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 288,3 bilhões no trimestre que se encerrou em julho, registrando crescimento de 0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior (fev-mar-abr/23) e variação positiva de 5,8% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 272,5 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada registrou 99,3 milhões de pessoas, apresentando variação positiva de 1,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior e incremento de 0,7% frente ao mesmo trimestre do ano passado (98,7 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu retração de 6,3%, com 8,5 milhões de pessoas. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior observou-se uma variação negativa de 13,8%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 107,9 milhões de pessoas, representando crescimento de 0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação positiva de 0,6% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (108,5 milhões de pessoas).

                          Frente ao mesmo trimestre do ano passado, sete dos dez agrupamentos analisados apresentaram variação positiva: informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,2%), administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (4,1%), transporte, armazenagem e correios (4,0%), outros serviços (1,0%), alojamento e alimentação (0,8%), indústria (0,6%), serviços domésticos (0,6%). Em sentido oposto, os três grupamentos restantes apresentaram retração: comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,5%), construção (-4,1%) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,1%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação frente ao mesmo trimestre do ano passado, quatro das sete categorias analisadas registraram expansão: trabalho privado com carteira (3,4%), setor público (2,0%), trabalho privado sem carteira (1,2%), trabalho doméstico (0,8%). Por outro lado, as três categorias restantes apresentaram retração no período: empregador (-1,9%), trabalhador por conta própria (-2,5%) e trabalho familiar auxiliar (-15,4%).

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                          Para a indústria, o segundo semestre de 2025 começou reproduzindo o mesmo padrão de desaceleração que vínhamos verificando desde a virada do ano.

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                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

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                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

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