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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 01/12/2023

                          Sem mudança de rota

                          A indústria está estagnada e isso já há algum tempo. O único mês de expansão em 2023 foi março (+1,1%), após três resultados desfavoráveis seguidos. Agora em out/23 registrou somente +0,1% frente ao mês anterior, com ajuste sazonal, dando sequência à inatividade que tem marcado o setor de modo muito explícito desde jun/23.

                          Sem uma retomada do crescimento industrial, torna-se difícil dar robustez ao processo de sua modernização em direção à digitalização e à sustentabilidade, caminhos perseguidos pelos principais países do mundo por meio de suas estratégias industriais.

                          No centro do marasmo que marca 2023 estão as atividades mais negativamente impactadas pelo elevado nível de taxas de juros que ainda persiste no país. O pior caso é justamente aquele que não deveria estar no vermelho face aos atuais desafios: bens de capital.

                          Na passagem de set/23 para out/23, já corrigidos os efeitos sazonais, a produção física de bens de capital encolheu -1,1%. Em sete dos dez meses já cobertos pelas estatísticas do IBGE não houve crescimento neste macrossetor.

                          Outro macrossetor com recuo foi o de bens de consumo duráveis: -2,4%, com o que liderou os casos negativos. Bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, encolheu -0,3%, fazendo com que o único a crescer em out/23 tenha sido bens intermediários (+0,9%), responsáveis por fazer com que a indústria como um todo não caísse.

                          Com a divulgação de hoje do IBGE, já conhecemos o desempenho industrial de 2/3 desta segunda metade do ano. Como mostram as variações interanuais a seguir, evitou-se o sinal negativo, mas não se alterou o quadro de paralisia. Ademais, metade dos macrossetores ficou no vermelho em jul-out/23 e poucos segmentos explicam o crescimento dos demais.

                               •  Indústria geral: +0,4% no 2º sem/22; -0,3% no 1º sem/23 e +0,3% em jul-out/23;

                               •  Bens de capital: -2,1%; -8,5% e -12,8%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: -0,4%; -0,6% e +0,6%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +6,0%; +5,7% e -1,6%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +1,6%; +1,7% e +2,5%, respectivamente.

                          Quem melhor se saiu foram os bens de consumo semi e não duráveis, favorecidos pela redução da inflação de alimentos e pela melhoria da situação do emprego no país. Sua produção cresceu +2,5% em jul-out/23 frente a jul-out/22, devido sobretudo ao setor de carnes, exceto suínos (+10,3%), laticínios (+3,3%) e bebidas (+2,4%).

                          Em seguida, mas com um dinamismo agregado muito baixo, ficaram os bens intermediários, com variação de +0,6% ante jul-out/22. Na origem disso, encontram-se os intermediários alimentícios (+7,7%), têxteis (+5,1%) e derivados de petróleo (+7,1%).

                          Liderando as perdas, estão os bens de capital, que, ademais, sinalizam para uma piora substancial na segunda metade do ano, passando de -8,5% em jan-jun/23 para -12,8% em jul-out/23. Entre seus componentes em pior situação ficaram: bens de capital para energia (-29,7%), para transporte (-22,8%) e para construção (-21,2%). Bens de capital para a indústria, em retrocesso há muito tempo, registrou -5,6% ante jul-out/22.

                          Bens de consumo duráveis, por sua vez, reverteram uma alta de +5,7% na primeira metade do ano para uma queda de -1,6% em jul-out/23. A piora veio de automóveis (-1,0% ante jul-out/22), sugerindo que o programa de redução de impostos promovido pelo governo federal ainda não surtiu efeito sobre a produção industrial deste setor. 

                          Outros segmentos de bens de consumo duráveis em queda foram: bens de consumo da linha marrom (-10,2%) e móveis (-3,6%). Entre os que cresceram, registraram desaceleração: outros equipamentos de transporte, que inclui motocicletas, por exemplo, e outros eletrodomésticos.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal do mês de outubro de 2023 divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou aumento de 0,1% frente a setembro na série livre de influências sazonais. No acumulado em doze meses e no acumulado no ano registrou-se estabilidade. Em comparação com o mesmo mês do ano passado (outubro de 2022), aferiu-se variação positiva de 1,2%.

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior (setembro/2023), segundo dados dessazonalizados, o segmento de bens intermediários cresceu 0,9%. As outras quatro categorias analisadas apresentaram variação negativa: bens semiduráveis e não duráveis (-0,3%), bens de consumo (-1,1%), bens de capital (-1,1%) e bens duráveis (-2,4%).

                          No resultado observado na comparação com o mesmo mês do ano passado (outubro/2022), três categorias apresentaram variações positivas, na seguinte ordem: bens semiduráveis e não duráveis (4,0%), bens de consumo (3,0%) e bens de intermediários (1,3%). Os bens duráveis (-3,2%) e os bens capital (-10,3%) caíram.

                          O resultado do acumulado no ano registrou três categorias com crescimento: bens duráveis (2,5%), bens de consumo (2,1%) e bens semiduráveis e não duráveis (2,0%). Os bens intermediários (-0,1%) e os bens de capital (-10,3%) retrocederam.

                          No acumulado em 12 meses, três segmentos assinalaram resultados positivos: bens duráveis (2,3%), bens de consumo (1,8%) e bens semiduráveis e não duráveis (1,8%). Os bens intermediários estabilizaram e os bens de capital tiveram queda de 9,0%.

                          Setores. Na comparação de outubro de 2023 com o mesmo mês do ano passado (outubro de 2022), houve variação positiva no nível de produção de doze dos 25 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: produtos e madeira (18,3%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (10,8%), bebidas (8,8%), produtos têxteis (7,2%) e móveis (6,9%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: máquinas e equipamentos (-6,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,1%), produtos diversos (-7,8%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-15,6%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2023, nove setores cresceram, sendo as maiores variações positivas: impressão e reprodução de gravações (13,4%), outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (10,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (5,4%), indústrias extrativas (5,4%) e coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (5,3%). Já as maiores quedas foram dos seguintes ramos: produtos diversos (-8,1%), artigos do vestuário e acessórios (-8,3%), produtos de madeira (-9,7%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,9%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,6%).

                          Na comparação do acumulado nos últimos 12 meses, a produção industrial apresentou variação positiva em nove dos 25 ramos analisados, com destaque para os itens de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (12,1%), impressão e reprodução de gravações (10,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (8,3%), produtos alimentícios (5,0%) e coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (4,6%). Por outro lado, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: produtos diversos (-8,3%), artigos do vestuário e acessórios (-9,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,0%) e produtos de madeira (-12,7%).

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                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

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                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

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                          Os sinais de desaceleração marcam não apenas a indústria e os serviços, mas também o comércio varejista, de modo bastante difundido entre seus ramos.

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