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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 07/02/2024

                          Ano de dinamismo consistente

                          Indústria e comércio caminharam em direções opostas no último mês de 2023. Enquanto a primeira cresceu +1,1% na passagem de nov/23 para dez/23, as vendas reais do varejo em seu conceito ampliado recuaram -1,1%, já descontados os eventuais efeitos sazonais. Tomado em seu conceito restrito, isto é, sem incluir veículos, autopeças, material de construção e o atacarejo, o resultado foi de -1,3%.

                          Os bens de consumo duráveis estiveram entre os maiores freios do comércio neste final de ano. As duas quedas mais intensas, ainda na série com ajuste sazonal, ficaram a cargo de equipamentos de informática, comunicação e de escritório (-13,1%) e móveis e eletrodomésticos (-7,0%). Já as vendas de veículos e autopeças variaram -4,5%, o terceiro pior resultado entre os dez ramos identificados pelo IBGE.

                          A despeito desta inflexão no findar do ano, também pode-se dizer que o varejo trilhou um caminho bem diferente do da indústria no agregado de 2023, mas neste caso se saiu melhor. Em jan-dez/23 frente ao mesmo período do ano passado, enquanto a indústria ficou praticamente estagnada (+0,2%), o comércio ampliado se expandiu em +2,4%. O descompasso entre indústria e varejo não é algo novo em nossa economia.

                          Há que se notar ainda a relativa consistência do ritmo de crescimento das vendas em 2023. Embora tenha ocorrido alguma oscilação em seu conceito restrito, no conceito ampliado, trimestre após trimestre, houve aumento acima ou muito perto de +2,0% na comparação interanual. Isto, contudo, não sem a ajuda de política econômica anticíclica, com a redução de impostos federais sobre as vendas de veículos.

                          Sendo assim, o resultado no 4º trim/23 ficou em linha com o desempenho do acumulado jan-dez/23, como mostram, a seguir, as variações frente o mesmo período do ano anterior.

                               •  Varejo ampliado: +2,3% no 4º trim/23 e +2,4% em jan-dez/23;

                               •  Varejo restrito: +1,4% e +1,7%, respectivamente;

                               •  Supermercados, alimentos e bebidas: +4,3% e +3,7%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: +1,0% e -4,6%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: +0,6% e +1,0%;

                               •  Eq. de escritório, informática e comunicação: +4,0% e +2,0%;

                               •  Veículos e autopeças: +11,5% e +8,1%;

                               •  Material de construção: +1,6% e -1,9%, respectivamente.

                          Entre os ramos do varejo, 40% apresentaram declínio em 2023. Um destaque negativo foi tecidos, vestuário e calçados, que já havia ficado no vermelho em 2022 (-0,5%) e que agora aprofundou muito suas perdas (-4,6%), na esteira da concorrência, nem sempre isonômica, exercida por plataformas internacionais. Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), que incluem as lojas de departamento, também assumiram trajetória semelhante.

                          Entre aqueles que impulsionaram o agregado do setor no ano passado, contribuições fundamentais vieram de veículos e autopeças, que registraram a maior alta em jan-dez/23: +8,1%, invertendo o sinal de 2022 (-1,7%), e de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, (+3,7% em 2023 vis-à-vis +1,4% em 2022), graças à melhora no quadro do emprego e à desaceleração da inflação.

                          Estes dois ramos, inclusive, ganharam vigor no último trimestre do ano, sendo que veículos e autopeças chegaram a apresentar taxa de crescimento de dois dígitos: +11,5% ante o 4º trim/22. No caso de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, as vendas subiram +4,3% no último quatro do ano. 

                          Outros cinco ramos também melhoraram seu desempenho out-dez/23:  tecidos, vestuário e calçados; produtos farmacêuticos, ortopédicos e de perfumaria; equipamentos de escritório, informática e comunicação; material de construção e o atacarejo. Assim, ganharam vigor no período cerca de 64% dos ramos do varejo ampliado, amortecendo os casos adversos ou de desaceleração.

                          A partir dos dados de dezembro de 2023 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou queda de 1,3% frente ao mês imediatamente anterior (novembro/2023) na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de dezembro de 2022, houve acréscimo de 1,7%. No acumulado nos últimos doze meses aferiu-se crescimento de 1,7%.

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças, de materiais de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou-se variação negativa de 1,1% em relação a novembro de 2023, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de dezembro de 2022 houve estabilidade. No acumulado nos últimos 12 meses verificou-se aumento de 2,4%.

                          Frente ao mês imediatamente anterior (novembro/2023), segundo dados dessazonalizados, três das dez atividades pesquisadas apresentaram retração: combustíveis e lubrificantes (1,5%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%) e materiais de construção (0,4%). Em sentido oposto, as sete atividades restantes registraram retração: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), móveis e eletrodomésticos (-7,0%), veículos, motos, partes e peças (-4,5%), outros artigos de uso pessoal (-3,8), tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%). 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (dezembro de 2022), seis dos onze segmentos registraram expansão: veículos, motos, partes e peças (7,0%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,8%), atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%), Tecidos, vestuário e calçados (0,4%) e Combustíveis e lubrificantes (0,2%). Por outro lado, os cinco segmentos restantes apresentaram retração nessa base de comparação: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%), móveis e eletrodomésticos (-3,3%), materiais de construção (-2,8%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%). 

                          Na análise do acumulado no ano (janeiro-dezembro), os resultados mostram que sete dos onze setores pesquisados cresceram: veículos, motos, partes e peças (8,1%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,7%), combustíveis e lubrificantes (3,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (2,0%) atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e móveis e eletrodomésticos (1,0%). Por outro lado, os quatro setores restantes registraram queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), tecidos, vestuário e calçados (-4,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%) e materiais de construção (-1,9%).

                          Por fim, comparando dezembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior (dezembro/2022), 18 de 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Maranhão (9,7%), Amapá (7,6%), Tocantins (7,3%) Ceará (6,0%) e Distrito Federal (5,8%). Por outro lado, as 9 unidades da federação restantes registraram queda nessa base de comparação, sendo as mais expressivas: Paraíba (-13,6%), Espírito Santo (-4,8%) e Pernambuco (-1,1%).

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