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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 30/04/2024

                          Desemprego de volta ao nível de 2015

                          Os dados divulgados hoje pelo IBGE, com os resultados mensais da PNAD-Contínua, mostram que a taxa de desemprego do Brasil regrediu substancialmente desde os momentos mais difíceis da pandemia de Covid-19. Atualmente, encontra-se em patamar equivalente ao da entrada de 2015, quando a recessão brasileira do biênio 2015-2016 começava a ter efeitos no mercado de trabalho. 

                          Entre o 1º trim/21 e o 1º trim/24, a taxa de desocupação do país saiu de 14,9% para 7,9%, isto é, praticamente o mesmo patamar do 1º trim/15, que foi de 8%. Vale lembrar que a taxa registrou dois dígitos por um longo período, que foi do início de 2016 ao início de 2022.

                          A melhora em relação ao ano passado, por sua vez, foi de quase 1 ponto percentual, já que a taxa de desocupação em jan-mar/23 foi de 8,8%. A população ocupada registrou alta de +2,4% no período, em uma favorável tendência de aceleração. Isso significou 2,4 milhões de pessoas ocupadas a mais do que um ano atrás.

                          Aqueles postos com carteira assinada continuaram crescendo mais intensamente (+3,5%) do que o total de empregos, respondendo por 54% do número adicional de ocupados entre o 1º trim/23 e o 1º trim/24. Apesar disso, é importante notar que as ocupações tradicionalmente mais informais também se mostraram bastante dinâmicas: +4,5% nos trabalhos sem carteira e +3,5% no trabalho doméstico.

                          Embora o nível de taxa de desemprego aproxime 2024 de 2015, como vimos anteriormente, há diferenças importantes que indicam a necessidade de avanços adicionais no perfil qualitativo do quadro do emprego no país.

                               •  Taxa de desocupação: 8,0% no 1º trim/15 e 7,9% no 1º trim/24;

                               •  Taxa de subutilização: 16,6% e 17,9%, respectivamente;

                               •  Proporção do emprego com carteira assinada: 40,3% e 37,9%;

                               •  Rendimento real médio: R$ 2.994 e R$ 3.123, respectivamente.

                          Um destes aspectos diz respeito à proporção do emprego com carteira assinada, que representava 40,3% do total de ocupados no início de 2015 e 37,9% agora no 1º trim/24. Entre jan-mar/15 e jan-mar/24, o contingente daqueles empregados com carteira cresceu apenas +2,5%, enquanto o trabalho sem carteira avançou +31% e o conta própria, que inclui muitos dos chamados “bicos”, aumentou +19,6%.

                          O IBGE calcula uma proxy da taxa de informalidade, que além dos trabalhadores sem carteira inclui também empregados domésticos sem carteira, trabalho familiar e empregadores e conta própria sem CNPJ, mas somente a partir de 2016. No 1º trim/24, esta taxa ficou em 38,4%, em declínio após superar 40% entre meados de 2021 e de 2022.

                          A proporção do emprego com carteira poderia ser maior, se o emprego industrial tivesse evoluído positivamente no período. Entre jan-mar/15 e jan-mar/24, a ocupação na indústria caiu -4,3%, um movimento ensejado por alguma atualização tecnológica no setor, mas por certo bastante influenciado pelo declínio da produção industrial no período (-9,7%, descontados os eventuais efeitos sazonais).

                          Isso porque, como discutido na Carta IEDI n. 1260, de 26/04/24, a indústria geral tem uma elevada proporção de ocupados com carteira assinada: 67,4% na média de 2023, isto é, além da média do setor privado (42,6%) e muito acima desta proporção na agropecuária (20%) e nos serviços (39,8%).

                          Outro diferencial em relação a 2015 é a subutilização da força de trabalho, sobretudo em função do maior desalento. Muito tempo de desemprego elevado e mudanças do mercado de trabalho podem ter desatualizado as competências destas pessoas que pararam de buscar novas colocações. 

                          A taxa composta de subutilização em jan-mar/24 foi de 17,9%, isto é, 1,3 ponto percentual acima de jan-mar/15 e 2,3 p.p. superior à de jan-mar/14. Neste período, o número de pessoas em desalento mais do que triplicou, passando de 1,54 milhão no início de 2014 ou de 1,64 milhão no primeiro quarto de 2015 para 3,6 milhões de pessoas no 1º trim/24.

                          O aspecto positivo nesta comparação entre 2015 e 2024 vem do lado do rendimento dos ocupados. Já corrigido pela inflação, o rendimento médio habitualmente recebido no 1º trim/24 é +4,3% superior ao da entrada de 2015. 

                          Este aumento, contudo, está concentrado no ano passado, provavelmente como decorrência do reajuste do salário mínimo, que acaba funcionando como parâmetro também para a remuneração de ocupações informais. A comparação de jan-mar/23 com jan-mar/15 resulta em variação de apenas +0,3%.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação registrou 7,9% no trimestre compreendido entre janeiro e março de 2024. Em comparação com o trimestre imediatamente anterior (dez/23-jan-fev/24), houve incremento de 0,1 p.p.. Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se variação negativa de 0,9 p.p., quando registrou 8,8%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 3.123,00, apresentando variação de 1,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior (dez/23-jan-fev/24), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior houve aumento de 4,0%.

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 308,3 bilhões no trimestre que se encerrou em março, registrando crescimento de 0,7% frente ao trimestre imediatamente anterior (dez/23-jan-fev/24) e variação positiva de 6,6% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 289,1 bilhões).

                          No trimestre de referência a população ocupada registrou 100,2 milhões de pessoas, apresentando variação negativa de 0,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior, e aferiu-se incremento de 2,4% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (97,8 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados aferiu incremento de 6,7%, com 8,6 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior observou-se variação negativa de 8,6%. A força de trabalho computou neste trimestre 108,8 milhões de pessoas, representando retração de 0,2% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação positiva de 1,5% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (107,3 milhões de pessoas).

                          Frente ao mesmo trimestre do ano anterior, nove dos dez agrupamentos analisados apresentaram variação positiva: transporte, armazenagem e correios (6,0%), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (5,5%), outros serviços (4,6%), serviços domésticos (3,5%), administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (3,2%), construção (3,0%), indústria (2,5%), alojamento e alimentação (1,7%) e comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (0,5%). Em sentido oposto, o agrupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura registrou retração -3,5% no período.

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação, comparados ao mesmo trimestre do ano anterior, registraram-se as seguintes variações percentuais: trabalho privado sem carteira (4,5%), trabalho privado com carteira (3,5%), trabalho doméstico (3,5%), setor público (2,0%), trabalhador por conta própria (0,8%), empregador (-0,7%) e trabalho familiar auxiliar (-7,7%).

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