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                          Análise IEDI

                          Economia Global
                          Publicado em: 23/04/2018

                          Perspectiva para o crescimento e para o comércio mundial favorece o Brasil

                          Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) assim como as da OCDE, o desempenho da economia mundial e também o do comércio internacional devem continuar favorecendo a recuperação econômica do Brasil tanto em 2018 como em 2019. A Carta IEDI a ser divulgada hoje sintetiza os cenários desses dois organismos internacionais, atualizados recentemente, além daquele traçado pelo Banco Mundial em janeiro.

                          Em sua edição de abril, o Panorama da Economia Mundial (World Economic Outlook - WEO) do FMI apresentou um quadro mais otimista do que aquele da edição de outubro de 2017. A perspectiva agora é de uma pequena aceleração do PIB global, de 3,8% em 2017 (dado ainda preliminar) para 3,9% em 2018 (contra 3,7% na projeção de outubro), ritmo que deve se manter em 2019. Esses mesmos percentuais são previstos pela OCDE no seu Panorama Econômico (Economic Outlook) de março. Já as estimativas do Banco Mundial no seu relatório Perspectivas para a Economia Global (Global Economy Prospects), divulgado em janeiro, são bem inferiores: crescimento de 3,1% em 2018 e 3,0% em 2019. 

                          Essas perspectivas divergentes decorrem de diferentes hipóteses e modelos utilizados, bem como da incorporação nas projeções do FMI e da OCDE de novas informações sobre a atividade econômica global divulgadas após o fechamento do cenário do Banco Mundial. Para o Brasil, a perspectiva de manutenção do dinamismo da economia mundial deve contribuir para aliviar os efeitos negativos do quadro eleitoral especialmente incerto sobre a economia doméstica. 

                          Também vale destacar que, além do crescimento em 2017 ter sido o mais elevado desde 2011, ele foi bastante disseminado: dois-terços dos países, responsáveis por três-quartos do PIB global, registraram maior crescimento em relação à 2016, a proporção mais elevada desde 2010. Além disso, se essas projeções se confirmarem, o triênio 2017-2019 apresentará o maior e mais estável patamar de expansão após a crise financeira global e a grande recessão (2010-2011), mas ainda inferior ao registrado no boom que precedeu essa crise. 

                          A melhora da projeção do FMI para a atividade econômica global em 2018 relativamente ao cenário de outubro decorreu do aumento da previsão de crescimento das economias avançadas de 2,0% para 2,3% em janeiro e 2,5% em abril. A projeção para 2019 também foi revista para cima: de 1,8% em outubro para 2,2% em janeiro, percentual mantido em abril. 

                          Além do crescimento mais expressivo do que o previsto em 2017, a principal hipótese de política econômica subjacente a essa revisão do crescimento esperado para os países avançados refere-se a uma orientação mais expansionista no âmbito fiscal devido, sobretudo, às mudanças adotadas pelo governo Donald Trump (corte de impostos e aumento de gastos). Com isso, o crescimento estimado para os Estados Unidos passou de 2,3% em outubro para 2,7% em janeiro e 2,9% em abril, que significará um avanço de 0,6 p.p. frente ao ano anterior (2,3%). Isto quer dizer que o estímulo fiscal será mais do que suficiente para contrabalançar o ritmo mais rápido da normalização da política monetária pelo Federal Reserve (Fed) suposto agora pelo Fundo.

                          As perspectivas para as outras importantes economias avançadas em 2018 também melhoraram em função das hipóteses de manutenção da orientação expansionista das políticas fiscal (mais amena que nos Estados Unidos) e monetária. Embora a aceleração prevista para a área do Euro em 2018 (para 2,4%) seja menos intensa do que a registrada em 2017, a região da moeda única europeia continuará crescendo num ritmo superior ao Reino Unido e ao Japão no cenário atual do FMI. Para a economia britânica, projeta-se uma desaceleração de 1,8% em 2017 para 1,6% em 2018 diante dos efeitos negativos do Brexit sobre as expectativas empresariais e da normalização da política monetária em curso. Já a economia nipônica seguirá sendo a “lanterninha” desse grupo, posição que ocupa desde 2014, com uma perda de ritmo de 0,5 p.p na passagem de 2017 para 2018 (de 1,7% para 1,2%).

                          No âmbito das economias de mercado emergente e em desenvolvimento, na passagem de 2016 para 2017 o crescimento acelerou de 4,3% para 4,8% (0,5 p.p., ritmo ligeiramente inferior ao registrado nas economias avançadas). Para 2018, a projeção atual do FMI é de um crescimento de 4,9% em 2018 e 5,1% em 2019. Ou seja, a aceleração será menos intensa no presente ano do que a prevista para os países desenvolvidos, mas ganhará impulso na passagem de 2018 para 2019. 

                          Além do patamar de crescimento, outra diferença entre os dois grupos de economias diz respeito à maior assimetria entre as taxas de expansão das principais regiões emergentes do que nos países avançados. Espera-se, porém, que essa assimetria diminua em 2018 e, sobretudo, em 2019. A Ásia emergente e em desenvolvimento seguirá como a principal responsável pelo ritmo de expansão das economias emergentes, ancorada no dinamismo das economias chinesa e indiana. As perspectivas favoráveis refletem, igualmente, a retomada das economias exportadoras de commodities no ano passado, que deve ganhar impulso em 2018 num contexto de recuperação dos preços desses produtos que sofreram deflação no biênio 2015-16. 

                          O volume do comércio internacional, que havia reagido em 2017, com um crescimento de 4,9% - isto é, mais que o dobro da taxa observada em 2016 - , deve registrar uma nova aceleração em 2018, porém bem mais modesta: 5,1%, arrefecendo 4,7% em 2019. 

                          O maior dinamismo do comércio internacional, um dos pilares da atual retomada cíclica da economia global, beneficiou a América Latina e Caribe, cujo PIB cresceu ao ritmo modesto de 1,3% em 2017 após dois anos de recessão, mas que deve acelerar para 2,0% em 2018 e 2,8% em 2019. O desempenho da economia brasileira constitui o principal determinante dessa melhora de trajetória. A estimativa do Fundo para o Brasil é de aceleração do crescimento de 1,0% em 2017 para 2,3% em 2018 (frente aos percentuais de 1,5% e 1,9% previstos em outubro e janeiro, respectivamente), ancorado no dinamismo da demanda interna (consumo e investimento privados). 

                          Quanto aos riscos no curto prazo, o cenário básico do FMI em abril de 2018 continua contando com um balanço equilibrado. Do lado favorável, o crescimento global pode surpreender positivamente, já que os índices de confiança dos consumidores e empresários seguiram em patamares elevados até meados de fevereiro e indicadores antecedentes sugerem sustentação do dinamismo nos próximos meses. Do lado desfavorável, se destaca o risco de acirramento das iniciativas protecionistas e, assim, das tensões geopolíticas. 

                          Outra fonte potencial de risco encontra-se nos mercados financeiros globais. As condições financeiras mantiveram-se favoráveis apesar da alta da taxa de juros básica nos Estados Unidos, mas os investidores passaram a buscar alternativas de aplicações de maior retorno e, consequentemente, maior risco. Além disso, a dívida corporativa em alguns mercados emergentes permanece em patamares elevados. O FMI alerta que o risco de crédito pode se manter controlado durante a atual fase de expansão da economia global, mas pode se manifestar no médio prazo. 

                          Uma situação de fragilidade financeira pode emergir em função de vários fatores, dentre os quais uma reavaliação dos riscos provocada por um repique inflacionário na economia americana. Com isso, a normalização em curso da política monetária pode ocorrer num ritmo mais rápido, resultando em alta dos prêmios de risco e dos custos do endividamento. Também são apontadas como fontes potenciais de tensão financeira um eventual relaxamento da regulação e supervisão financeiras e a crescente especulação nos mercados de criptomoedas. 

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