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                          Análise IEDI

                          Comércio Varejista
                          Publicado em: 11/01/2023

                          Novembro sem impulso

                          Em nov/22 não foi só a indústria que ficou no vermelho. O comércio varejista também perdeu vendas, registrando -0,6% frente a out/22, já descontados os efeitos sazonais, tanto em seu conceito restrito como em seu conceito ampliado, que inclui os ramos de veículos, autopeças e material de construção. Ao que tudo indica, as tradicionais liquidações deste mês não aportaram o impulso esperado.

                          O retrocesso marcou a maioria do setor, com 6 dos 10 ramos identificados pelo IBGE no vermelho. As maiores quedas ficaram por conta de combustíveis e lubrificantes (-5,4%), equipamentos e material de escritório, informática e comunicação (-3,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%).

                          Foi o primeiro recuo depois que as mudanças na tributação de combustíveis ajudaram a reduzir seus preços, estimulando as vendas deste ramo entre ago/22 e out/22 e liberando renda para a compra de outros bens e serviços. Em nov/22, em contraste, houve alta no preço de combustíveis, puxada por etanol e gasolina.

                          Frente ao mesmo período do ano anterior, o comércio ampliado também não escapou de um resultado desfavorável: -1,4%, sob influência negativa de quatro de seus ramos em intensidade bastante expressiva em tecidos, vestuário e calçados (-16,1%), material de construção (-10,9%) e em outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%).

                          Nestes ramos, além das vendas demandarem, em maior ou menor grau, algum tipo de financiamento, o IBGE também identificou uma influência negativa da Black Friday. Vendas mais fracas neste período de promoções também não ajudaram o ramo de informática e comunicação, que caíram tanto frente a out/22, como visto anteriormente, quanto frente a nov/21 (-0,5%).

                          As vendas de veículos e autopeças também tiveram declínio, de -5,5% ante nov/21, aprofundando o ritmo de queda registrado nos meses anteriores nesta mesma comparação, como mostram as variações interanuais a seguir.

                               •  Varejo ampliado: +0,9% em set/22; +0,3% em out/22 e -1,4% em nov/22;

                               •  Varejo restrito: +3,2%; +2,7% e +1,5%, respectivamente;

                               •  Supermercado, alimentos, bebidas e fumo: +3,8%; +2,7% e +2,7%;

                               •  Tecidos, vestuário e calçados: -9,5%; -15,0% e -16,1%;

                               •  Móveis e eletrodomésticos: -6,1%; -0,8% e +3,0%;

                               •  Veículos e autopeças: -1,2%; -0,8% e -5,5%;

                               •  Material de construção: -8,2%; -12,8% e -10,9%, respectivamente.

                          No acumulado de 2022 até o mês de novembro, o perfil setorial do varejo indica o peso da alta dos juros e do endividamento das famílias para a evolução das vendas do comércio como um todo. Os ramos com piores resultados são justamente aqueles cujos mercados exigem crédito.

                          No vermelho em jan-nov/22 ante jan-nov/21 estão: móveis e eletrodomésticos (-7,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,1%), ramo que inclui as lojas de departamento, material de construção (-8,9%) e veículos e autopeças (-1,8%). Nestes três últimos casos, o declínio de nov/22 aponta para uma deterioração adicional.

                          Equipamentos e material de escritório, informática e comunicação, por sua vez, estão no azul em jan-nov/22 (+1,8%), mas aqui também o resultado em novembro último sugere piora do quadro de vendas.

                          Até o momento, pelo que se conhece da evolução do varejo em 2022, poucos são os ramos dinamizadores. A principal contribuição positiva, segundo o IBGE, vem de combustíveis e lubrificantes: adicionou +1,0 ponto percentual ao resultado de -0,6% do varejo ampliado. Ou seja, não fosse o estímulo decorrente da alteração da tributação deste ramo, o comércio teria se saído muito pior.

                          Outros dois ramos tiveram contribuições positivas, mas muito mais próximas da estabilidade: supermercados, alimentos, bebidas e fumo, que adicionou +0,4 p.p. ao resultado geral, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com +0,5 p.p.. Todos os demais ramos ou ficaram meramente estagnados ou aportaram contribuições negativas.

                          A partir dos dados de novembro de 2022 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional, registrou aumento de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior (outubro/2022) na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de novembro de 2021, houve expansão de 1,5%. Para o acumulado dos últimos doze meses aferiu-se crescimento de 0,6%. 

                          No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 0,6% em novembro de 2022 em relação a outubro, a partir de dados livres de influências sazonais. Com relação ao desempenho comparado ao mês de novembro de 2021 houve variação de -1,4%. Para o acumulado dos últimos 12 meses verificou-se queda de 0,8%.

                          A partir de dados dessazonalizados, na comparação com o mês imediatamente anterior (outubro/2022), dois dos oito setores analisados apresentaram expansão: móveis e eletrodomésticos (2,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,7%). Os setores de combustíveis e lubrificantes (-5,4%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), tecidos, vestuário e calçados (-0,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,3%), e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) recuaram. Para o comércio varejista ampliado, a atividade de material de construção cresceu 3,0% e em veículos e motos, partes e peças houve aumento de 0,4%. 

                          Em relação ao mesmo mês do ano anterior (novembro de 2021), houve crescimento em cinco dos oito segmentos analisados: combustíveis e lubrificantes (27,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (6,5%), móveis e eletrodomésticos (3,0%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%). Em sentido oposto, registrou-se queda nos três setores restantes: tecidos, vestuário e calçados (-16,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,5%) e equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,5%). Para o comércio varejista ampliado, o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou decréscimo de 5,5% e o setor de material de construção recuou 10,9%. 

                          Na análise do acumulado do ano (janeiro-novembro), houve crescimento em seis dos oito setores do varejo restrito: livros, jornais, revistas e papelaria (16,9%), combustíveis e lubrificantes (16,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,0%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,8%), tecidos, vestuário e calçados (1,7%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%). Nos dois setores restantes houve queda: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,4%) e móveis e eletrodomésticos (-7,5%). No varejo ampliado, o setor de veículos, motos, partes e peças caiu 1,8% e a categoria material de construção decresceu 8,9%.

                          Por fim, comparando novembro de 2022 com o mesmo mês do ano anterior (novembro/2021), 19 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Paraíba (32,2%), Amapá (14,9%), Sergipe (8,9%), Roraima (7,6%), Mato Grosso do Sul (7,1%) e Rio Grande do Sul (6,4%). Por sua vez, apresentaram decréscimo no volume de vendas do comércio varejista (na mesma base de comparação) oito unidades federativas, sendo os maiores observados em: Pernambuco (-3,2%), Rondônia (-3,0%), Rio de Janeiro (-2,4%), Goiás (-1,4%), Pará (-1,0%) e Amazonas (-0,6%).

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