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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/02/2024

                          Em direção a uma nova fase

                          No final de 2023, embora incipientes, podiam ser notados ventos a favor de um desempenho mais robusto na indústria, como o IEDI sublinhou na Carta n. 1243. A pesquisa conjuntural divulgada hoje pelo IBGE reforça esta tendência ao apontar alta de +1,1% para a produção industrial na passagem de nov/23 para dez/23, já descontados os efeitos sazonais.

                          Mesmo que muito deste crescimento deva-se ao avanço expressivo de bens de consumo duráveis (+6,3%, com ajuste), nutrido por uma base deprimida de comparação (-8,9% entre set/23 e nov/23), a perspectiva de redução das taxas de juros dos financiamentos, a inflação sob controle e o desemprego em baixa criam condições para um dinamismo superior da indústria em 2024.

                          A isso se somam os efeitos potenciais de políticas públicas recentemente adotadas, a exemplo dos programas de transferência de renda e do PAC, com capacidade de gerar demanda ao setor industrial, mas também de melhorar suas condições de produção, por meio de ganhos de escala, da ocupação de capacidade instalada e retomada do investimento e da redução de gargalos em infraestrutura.

                          Na direção de melhorias mais profundas, não podemos deixar de mencionar duas ações de grande importância. Em primeiro lugar, a aprovação da reforma tributária, que nos próximos anos estabelecerá progressivamente um imposto sobre valor adicionado no Brasil, colocando nosso sistema de tributação de bens e serviços em consonância com o restante do mundo.

                          Em segundo lugar, o lançamento do programa Nova Indústria Brasil, que, se bem implementado, poderá promover a modernização do setor no país e sua agregação de valor, potencializando sua contribuição para o enfrentamento dos desafios sociais contemporâneos: maior sustentabilidade dos processos produtivos, redução da emissão de gases de efeito estufa, geração de empregos de qualidade, inclusive por meio da diversificação de serviços conexos a atividades industriais de maior intensidade tecnológica, resiliência de cadeias essenciais à segurança nacional, entre outros temas presentes nas principais estratégias industriais em adoção no mundo.

                          Se assim ocorrer, a partir de 2024, podemos vir a observar para a indústria brasileira uma performance conjuntural superior e, ao mesmo tempo, o início de um processo importante de sua atualização tecnológica. Os desafios estão e continuarão presentes ao longo do caminho, por isso o IEDI defende, como sempre fez, transparência das ações, seu acompanhamento e avaliação e, quando necessários, ajustes e recalibragens.

                          Os resultados dos últimos anos ilustram a necessidade desta mudança de direção. Isso porque, a rigor, a última fase de expansão do setor se encerrou em 2008. Desde então, o crescimento é pontual e só ocorre para compensar algum recuo anterior, o que nem sempre ocorre integralmente. Foi assim em 2010, em 2013, em 2017-2018, depois da profunda crise de 2014-2016, e foi assim também em 2021, após o choque da pandemia de Covid-19. Nos últimos dois anos a indústria oscilou em torno de zero.

                          Em 2023, o quadro foi de estagnação: +0,2% no acumulado jan-dez/23 frente ao mesmo período do ano anterior. Bens intermediários, que representam o núcleo duro da indústria, produzindo insumos para as demais atividades, também mal saiu do lugar e pouco anulou a queda do ano anterior: +0,4% em 2023 e -0,7% em 2022.

                          •     Indústria geral: +0,2% em jan-dez/23 e +1,1% no 4º trim/23;

                          •     Bens de capital: -11,1% e -13,4%, respectivamente;

                          •     Bens intermediários: +0,4% e +2,3%;

                          •     Bens de consumo duráveis: +1,2% e -4,4%;

                          •     Bens de consumo semi e não duráveis: +2,1% e +2,7%, respectivamente.

                          Mas o pior resultado coube a bens de capital, isto é, justamente a parcela da indústria diretamente associada ao investimento e à modernização do conjunto das atividades econômicas. Sua variação foi de -11,1% em jan-dez/23, sendo que o 4º trim/23 não trouxe nenhum arrefecimento: -13,4% ante o 4º trim/22.

                          Como as variações interanuais acima mostram, outros macrossetores industriais conseguiram encerrar 2023 em uma situação melhor do que sugerem os resultados acumulados no ano. Cabe destacar bens intermediários, que no 4º trim/23 registrou +2,3%, isto é, bem acima da virtual estabilidade em jan-dez/23 mencionada anteriormente, e bens de consumo semi e não duráveis: +2,1% em jan-dez/23 e +2,7% no 4º trim/23.

                          Ambos os casos refletem a boa evolução de atividades vinculadas às indústrias extrativas (+7,0% em 2023), de derivados de petróleo (+6,1%) e de alimentos (+3,7%), que ficaram entre os ramos que melhor se saíram no ano passado.

                          Bens de consumo duráveis, por sua vez, perderam fôlego ao longo de 2023, de modo que acumularam alta de +1,2% em jan-dez/23, mas recuaram -4,4% no 4º trim/23, devido à produção de eletrodomésticos da linha marrom e à de automóveis, a despeito do programa de redução de impostos realizado pelo governo federal na virada do primeiro para o segundo semestre do ano.

                          Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal para o mês de dezembro de 2023 divulgados hoje pelo IBGE, a produção da indústria nacional registrou aumento de 1,1% frente ao mês de novembro na série livre de influências sazonais. No acumulado no ano registrou-se incremento de 0,2%. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior (dezembro/2022), aferiu-se variação positiva de 1,0%.

                          Categorias de uso. Segundo dados dessazonalizados, na comparação com o mês imediatamente anterior (novembro/2023), quatro dos cinco segmentos analisados apresentaram expansão: bens duráveis (6,3%), bens intermediários (1,3%), bens de consumo (1,3%) e bens semiduráveis e não duráveis (0,1%). Em sentido oposto, o segmento de bens de capital (-1,2%) registrou retração no período. 

                          No resultado acumulado no ano, quatro das cinco categorias analisadas apresentaram crescimento: bens semiduráveis e não duráveis (2,1%), bens de consumo (1,9%), bens duráveis (1,2%) e bens intermediários (0,4%). Por outro lado, a categoria de bens de capital (-11,1%) retrocedeu nessa base de comparação.

                          Setores. Na comparação de dezembro de 2023 com o mesmo mês do ano anterior (dezembro/2022), houve variação positiva no nível de produção de doze dos 25 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: fabricação de produtos do fumo (19,2%), indústrias extrativas (17,0%), fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (10,4%), produtos e madeira (9,2%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (7,8%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (6,4%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: máquinas e equipamentos (-10,1%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos veículos automotores (10,9%), reboques e carrocerias (-11,2%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,7%), impressão e reprodução de gravações (-21,0%), produtos farmacêuticos (-35,9%).

                          Na comparação do acumulado no ano de 2023, nove dos 25 ramos cresceram, sendo as maiores variações positivas: fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (9,8%), impressão e reprodução de gravações (7,7%), indústrias extrativas (7,0%), coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,1%) e fabricação de produtos do fumo (4,5%). Os 16 ramos restantes registraram queda no período, sendo as maiores variações negativas: equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-11,0%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,1%), produtos diversos (-8,0%), máquinas e equipamentos (-7,2%) e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,1%).

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                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

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                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

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