Carta IEDI
No 3º trim/24, o crescimento industrial ganhou velocidade, com um perfil disseminado entre setores e regiões, mas o recente ciclo de alta dos juros pode colocar em risco esta trajetória.
O cenário básico do FMI projeta para 2024-2025 um crescimento praticamente igual ao de 2023, com pequena melhora nas economias avançadas e desaceleração dos emergentes.
No 2º trim/24, todos os quatro grupos da indústria de transformação por intensidade tecnológica apontaram aumento de produção, sob liderança da alta e média-ata tecnologia.
A produção da indústria de transformação mundial ganhou velocidade no 2º trim/24 e o Brasil continuou ascendendo no ranking internacional do setor.
Em ago/24, a indústria brasileira teve um desempenho restringido, evitando ficar em terreno negativo, como no mês anterior, mas também sem conseguir crescer.
Sem considerar a variação de preços, as importações de bens industriais avançaram a um ritmo de dois dígitos em jan-jun/24, ante um crescimento modesto da produção industrial interna e estagnação de suas exportações.
O volume de crédito bancário no país voltou a crescer no 1º semestre de 2024, com auxílio da redução da taxa básica de juros, a Selic, entre ago/23 e mai/24.
Depois de o PIB ter crescido mais do que o esperado no 2º trim/24, a atividade econômica do país deu sinais de moderação em jul/24, em função da indústria e do comércio.
A segunda metade de 2024 teve início com recuo da produção industrial, mas não chega a sinalizar uma reversão da boa trajetória que o setor vem apresentando.
O IEDI atualizou o estudo sobre a rentabilidade e o endividamento das empresas não financeiras em 2022-2023, com ênfase no setor industrial.
Em 2022-2023, o comércio mundial perdeu dinamismo, segundo a OMC, mas o Brasil fugiu à regra e, frente a 2021, melhorou sua posição no ranking de exportações.
Em jun/24, a atividade econômica do país registrou destacado impulso, com expansão em todos os seus grandes setores, sendo que a indústria teve seu melhor resultado desde jul/20.
Os fluxos de IDE para o Brasil encolheram em relação a 2022, em linha com a evolução global, segundo a UNCTAD, o que não evitou que melhorássemos nossa posição no ranking dos maiores receptores de IDE do mundo.
Na primeira metade de 2024, o déficit da balança comercial da indústria de transformação aumentou +25,7%, com piora em três dos quatro grupos por intensidade tecnológica.
A despeito dos efeitos negativos das enchentes no sul do país, a indústria nacional registrou aceleração de seu ritmo de produção no 2º trim/24, dando sequência à trajetória que vinha apresentando desde final do ano passado.
Em mai/24, houve expansão da atividade econômica do país concentrada no varejo e sinais de arrefecimento em mercados sensíveis a crédito e juros.
O FMI estima que uma política de inovação bem desenhada e implementada é capaz de alavancar do PIB e reduzir o endividamento público ao longo do tempo.
A volta ao crescimento da indústria de transformação no Brasil e sua virtual estagnação no mundo levou a um importante avanço do país no ranking global do setor no 1º trim/24.
Em mai/24, pela segunda vez consecutiva, a indústria registrou declínio de sua produção, mas desta vez de forma bem mais disseminada.
A indústria de transformação voltou a crescer no 1º trim/24, com variação positiva apenas no grupo de média-baixa tecnologia, mas com melhora de quadro em todos os demais.